O Ministério da Saúde anunciou que a partir desta terça-feira (1º) o reforço aos 12 meses do esquema vacinal contra meningite será feito com a vacina meningocócica ACWY, estendendo ao público infantil de 1 ano uma proteção que até então era ofertada apenas a adolescentes de 11 a 14 anos. No calendário do SUS, as crianças continuam a receber as duas doses iniciais de meningocócica C aos três e cinco meses de idade, e não precisam repetir a dose de reforço se já a tiverem tomado; quem tiver perdido o reforço aos 12 meses receberá agora a nova vacina ACWY.
A mudança integra as Diretrizes para o Enfrentamento das Meningites até 2030, publicadas no ano passado em parceria com organizações nacionais e internacionais e alinhadas ao esforço global da OMS para reduzir a incidência de meningites bacterianas. No Brasil, onde a doença é endêmica e apresenta picos de casos bacterianos no outono e inverno, a inclusão do sorogrupo W e Y no reforço infantil amplia a cobertura preventiva, já que a bactéria pode causar quadros graves e requer proteção contra múltiplos sorogrupos.
A meningite pode ter origem infecciosa—por bactérias, vírus, fungos ou parasitas—ou não infecciosa, decorrente de traumatismos cranianos, cirurgias ou doenças como lúpus e câncer. A transmissão bacteriana ocorre principalmente por gotículas respiratórias, enquanto as virais também podem se espalhar via fecal-oral. A adoção da vacina ACWY no primeiro ano de vida espera reduzir ainda mais o número de casos graves e proteger crianças pequenas, grupo de risco para complicações.
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