O Brasil descartou, nesta segunda-feira (19), três casos suspeitos de gripe aviária que estavam sob investigação em diferentes regiões do país. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária durante coletiva de imprensa. Segundo o ministro Carlos Fávaro, com a finalização da desinfecção das granjas afetadas, prevista para esta quarta-feira (21), o país poderá iniciar a contagem regressiva de 28 dias sem novos focos, etapa necessária para se autodeclarar novamente livre da doença e negociar a reabertura dos mercados internacionais.
As suspeitas foram descartadas nos municípios de Triunfo e Estância Velha, no Rio Grande do Sul, Gracho Cardoso, em Sergipe, e Nova Brasilândia, no Mato Grosso. Apesar disso, investigações continuam em andamento em estados como Ceará, Tocantins e Santa Catarina. Desde a detecção do vírus H5N1 no Brasil, em maio de 2023, o governo já analisou 2.885 notificações, com 166 confirmações da doença.
Com a contenção do surto e a eliminação da transmissão, o governo espera reverter os embargos comerciais impostos por diversos países, que suspenderam a importação de carne de frango brasileira. China, União Europeia, México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina bloquearam as compras do território nacional como um todo. Há também proibições específicas para determinadas regiões impostas por países como Cuba, Bahrein, Japão e Cingapura.
“A partir de quarta-feira, se conseguirmos declarar esse marco zero, o tempo será nosso aliado na reconstrução da confiança internacional”, afirmou o ministro Fávaro, destacando que a retomada das exportações será gradual, conforme o país comprove a ausência de novos focos do vírus.
A expectativa agora é que, com o controle efetivo da gripe aviária e o cumprimento dos protocolos sanitários, o Brasil possa reverter a suspensão de contratos e retomar seu protagonismo no mercado global de proteína animal.
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