Os preços das carnes em Belo Horizonte continuam em alta em 2024, com variações que chegam a até 17,7% em menos de um mês. Um levantamento feito pelo site Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (11/11), aponta que a maioria dos 35 cortes avaliados teve aumento, refletindo uma inflação no setor que assusta consumidores e donos de açougues. O levantamento revelou que, entre os cortes mais impactados, o copa lombo teve o maior aumento, saltando de R$ 21,03 para R$ 24,75, o que representa uma alta de 17,7%. Além dele, o filé mignon, um dos cortes mais nobres da carne bovina, teve uma alta de 14,7%, passando de R$ 67,98 para R$ 77,99, enquanto a picanha subiu 10,2%, indo de R$ 64,29 para R$ 70,83.
Segundo Feliciano Abreu, responsável pela pesquisa, o aumento acelerado nos preços está ligado ao aumento do consumo no final do ano e aos recordes de exportações, que pressionam o mercado interno. "É assustador o aumento de preço nos últimos 21 dias da carne bovina, da carne de porco e até da de frango, que estava dando um alívio para o consumidor e sendo a saída nos últimos tempos", destacou Abreu, ressaltando a situação difícil tanto para os consumidores quanto para os donos de açougues, que podem vender menos devido à alta dos preços.
Os cortes suínos também apresentaram aumentos expressivos, como a bisteca, que subiu 12,3%, de R$ 20,13 para R$ 22,61. Mesmo com essas altas, uma das poucas quedas registradas foi na salsicha, que teve uma redução de menos de 1%, passando de R$ 10,97 para R$ 10,89. O frango, que havia sido uma alternativa mais acessível, também ficou mais caro. O filé de peito, por exemplo, teve um aumento de 13,3%, de R$ 23,06 para R$ 24,36.
A pesquisa também mostrou que os preços podem variar significativamente de um açougue para outro. Por exemplo, o quilo do fígado pode ser encontrado por preços que variam de R$ 12 até R$ 31,90, uma diferença de até 165,8%. O copa lombo, corte que teve o maior aumento, pode ser encontrado de R$ 17,95 até R$ 37,90, uma diferença de 111,1%.
Diante dessa realidade, a pesquisa do Mercado Mineiro alerta os consumidores para a necessidade de comparar preços entre os estabelecimentos, já que os mesmos cortes podem ter variações de preço consideráveis.
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