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Belo Horizonte lidera aumento da gasolina no Brasil, com preços que chegam a R$ 6,59 o litro

Custo do etanol e altos aluguéis impulsionam inflação do combustível na capital mineira

25/10/2024 às 14h30
Por: Redação
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Foto: Divulgação
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Os motoristas de Belo Horizonte têm enfrentado um cenário desafiador ao abastecer seus veículos, com os preços da gasolina alcançando patamares alarmantes. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira revelam que a capital mineira lidera o aumento da inflação da gasolina no Brasil, com o litro podendo ser encontrado até por R$ 6,59 em postos da região Centro-Sul. Essa realidade já gerou descontentamento entre os consumidores, que se veem obrigados a arcar com custos cada vez mais altos.

O economista Heliezer Jacob, do C6 Bank, explica que os fatores que têm pressionado o preço da gasolina em Belo Horizonte são, em grande parte, o custo do aluguel e, especialmente, do etanol, que representa pelo menos 27% da gasolina. Nos últimos 12 meses, o preço do etanol na capital subiu 25,2%, uma taxa significativamente superior à média nacional de 10,8%. Em um período de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) da gasolina em Belo Horizonte registrou um aumento de 16,3%, praticamente o dobro da média nacional.

Embora a inflação da gasolina seja alarmante, Jacob destaca que, ao analisar o cenário anual, a situação se apresenta de forma diferente. O IPCA-15 acumulado em 12 meses na capital mineira é de 6%, enquanto a média nacional está em 4,5%. A disparidade entre os dados de Belo Horizonte e a média nacional pode ser atribuída aos gastos com alimentação no domicílio, habitação e transportes. O preço dos alimentos consumidos em casa pelos belo-horizontinos aumentou 6,4%, superando a média nacional de 5,4%, considerando o IPCA-15 de 12 meses.

Outros itens do grupo habitação também contribuíram para o aumento dos custos. A energia elétrica residencial em Belo Horizonte subiu 12,9%, um patamar consideravelmente acima da média do país, que foi de 7,4%. Além disso, o aluguel residencial teve um crescimento de 5,3% na capital, em contraste com a alta de 2,7% observada em outras regiões do Brasil. Esse conjunto de fatores torna a situação econômica ainda mais complexa para os moradores de Belo Horizonte, que lidam com o impacto significativo da inflação em suas despesas diárias.

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