A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8/5), no segundo dia de conclave, indicando ao mundo que a Igreja Católica tem um novo papa. A decisão foi tomada por 133 cardeais eleitores reunidos em segredo no Vaticano. O nome do escolhido será revelado em instantes, diretamente da varanda central da Basílica de São Pedro.
Após a eleição, o cardeal escolhido é levado a uma sala reservada chamada Sala das Lágrimas, onde responde a duas perguntas solenes: “Aceita sua eleição canônica para Sumo Pontífice?” e “Como deseja ser chamado?”. O local, batizado simbolicamente, é um espaço de introspecção e transformação. Ali, o novo papa troca suas vestes e tem um momento de oração, refletindo sobre o peso da missão que acaba de assumir.
“Ali, o papa toma consciência do que ele se tornou, do que ele é de agora em diante. A troca da roupa fala da profunda mudança em sua existência. Ali ele aprende que a função é maior do que a pessoa. Talvez seja também daí que deriva a definição da Sala das Lágrimas, porque é o momento em que ele toma consciência de que a figura Papae é muito maior do que a pessoa que a veste”, explica monsenhor Marco Agostini, mestre de cerimônias pontifícias.
Até a eleição de Jorge Mario Bergoglio, em 2013, era comum que os papas escolhessem seus nomes inspirados em pontífices anteriores. Bergoglio, no entanto, inovou ao optar por Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis — o santo conhecido por sua vida dedicada aos pobres e à natureza.
Finalizados os ritos internos, cabe ao cardeal protodiácono — o mais antigo da ordem dos diáconos — anunciar ao mundo a célebre frase em latim: Habemus Papam (“Temos um papa”). Em seguida, o novo pontífice surge na varanda da basílica para saudar os fiéis e conceder a tradicional bênção urbi et orbi (“À cidade e ao mundo”).
Atualmente, o cardeal protodiácono é Dominique Mamberti, francês de 73 anos, que terá a responsabilidade de apresentar o novo papa ao mundo.
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