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Paciente internado se casa com companheira em cerimônia no Hospital Municipal de Sete Lagoas

Após quatro décadas juntos, casal oficializa união em cerimônia marcada por emoção, fé e esperança dentro do Hospital Municipal

06/11/2025 às 17h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação Hospital Municipal de Sete Lagoas
Foto: Divulgação Hospital Municipal de Sete Lagoas

O Hospital Municipal de Sete Lagoas foi o cenário de uma celebração incomum e profundamente comovente nesta quarta-feira (5). Internado para tratar uma infecção urinária, Públio Gonçalves de Carvalho, de 76 anos, conhecido entre familiares e amigos como “Tio Sorriso”, realizou um antigo sonho: casar-se com a companheira de toda a vida, Lúcia Carlini Bongenato, de 63 anos. Juntos há quase 40 anos, o casal decidiu transformar o leito hospitalar em altar e selar oficialmente uma união construída sobre fé, cumplicidade e amor.

O casamento religioso estava marcado para o dia 6 de novembro, na cidade de Inhaúma, onde o casal vive. No entanto, diante do estado de saúde de Públio, a cerimônia precisou ser antecipada e transferida para o hospital. O padre Carlos, da Paróquia de Inhaúma, levou a bênção até o local, garantindo que o sacramento fosse celebrado. O gesto mobilizou profissionais de saúde, familiares e amigos, que se reuniram para testemunhar o momento de fé e emoção.

A história de Públio e Lúcia começou na década de 1980, na Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho, em Belo Horizonte. Ele, músico e integrante do coral, encantou Lúcia ao interpretar uma canção que a fez recordar os tempos em que viveu em um convento. “Ela ficou muito tocada, e eu quis saber quem era aquela mulher tão bonita e comovida com a música”, relembra o noivo. A coincidência deu início a uma relação marcada por cumplicidade, espiritualidade e afeto.

Com o passar dos anos, os dois formaram uma família e construíram uma vida baseada na fé e na dedicação à comunidade. O sonho do casamento religioso, adiado por décadas, parecia distante — até que o padre Carlos, com autorização do bispo, viabilizou a cerimônia. “O padre disse que o casamento é um sacramento e não seria cancelado. Se não pode ser na igreja, será onde Deus quiser — e Ele quis que fosse aqui, no hospital”, contou Públio, emocionado.

Uma das salas do hospital foi transformada em uma pequena capela, decorada com flores e música, para receber o casal. O ambiente, normalmente reservado a cuidados médicos, se encheu de emoção e esperança. Profissionais da saúde, integrantes da Comissão de Humanização do hospital, familiares e pacientes acompanharam o momento.

“Ver o brilho nos olhos dos dois é lembrar que a fé e o amor são as maiores forças que temos”, afirmou a psicóloga Liliane, que acompanha o tratamento de Públio. Entre aplausos e lágrimas, a cerimônia terminou com o som de risadas — marca registrada de “Tio Sorriso”, que agradeceu a todos pela realização do sonho. “Confio em Deus e acredito que, com este passo, as coisas vão seguir conforme os mandamentos Dele”, declarou o noivo.

O casamento de Públio e Lúcia transformou um dia comum no hospital em um momento de fé e união. Mais do que uma cerimônia, o evento simbolizou a força do amor em tempos de fragilidade, mostrando que a esperança pode florescer mesmo nos lugares mais inesperados.

(Informações da Comissão de Humanização do Hospital Municipal de Sete Lagoas)

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