Nesta quarta-feira (30), a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação para apurar uma filiação fraudulenta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Partido Liberal (PL), datada de julho de 2023. A fraude, identificada após uma denúncia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), envolvendo a inserção de dados falsos no Sistema de Filiação Partidária (Filia) do TSE. No Mato Grosso do Sul, onde reside um dos suspeitos, agentes da PF cumprem mandatos de busca em busca de provas sobre o caso.
Segundo informações diretas da corporação, o esquema não foi caracterizado por uma invasão ao sistema da Justiça Eleitoral. Em vez disso, ocorreu uma fraude mediante a utilização de um login registrado no nome de uma advogado do PL. Após o preenchimento de informações pessoais, como dados de contato e upload de documentos, foi enviado um pedido de filiação em nome de Lula, baixar o diretório de São Bernardo do Campo (SP) — cidade onde Lula tem residência como presidente e onde fundou o Partido dos Trabalhadores (PT).
De acordo com a PF, o ato de inclusão dos dados no sistema teria passado pela etapa de moderação de um funcionário do PL, que também é alvo da investigação. A ação levanta suspeitas de falsidade ideológica, falsa identidade e possível invasão de dispositivo informático. O procedimento de filiação segue as regras estabelecidas pela Resolução nº 23.596 do TSE, que regulamenta o encaminhamento de dados de afiliados pelos partidos à Justiça Eleitoral.
A investigação continua em andamento, com o objetivo de identificar outras possíveis fraudes e entender a motivação dos envolvidos.
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