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Adesões ao consórcio somam 3 mi e negócios superam R$ 250 bi

Enquanto participantes ativos aproximam-se dos 11 milhões, as aquisições reais de veículos via consórcio crescem nas vendas registradas no mercado ...

23/09/2024 às 13h02
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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O sistema de consórcios continuou apresentando crescimento nas vendas de cotas nos oito meses deste ano, reafirmando o interesse do consumidor brasileiro pela modalidade. Foram comercializadas 2,98 milhões de cotas no acumulado de janeiro a agosto, 6,8% acima das 2,79 milhões atingidas no mesmo período do ano passado.

A grande demanda pelo consórcio, somente no mês de agosto, apontou um recorde mensal de vendas nos últimos vinte anos. Os diversos setores, onde o Sistema está presente, registraram 481,82 mil adesões.

Paralelamente, os negócios decorrentes das adesões acumuladas ao longo dos oito meses alcançaram R$ 251,81 bilhões, 21,9% superior aos R$ 206,51 bilhões totalizados nos mesmos meses de 2023.  

Ao comparar a marca inédita na história do sistema de consórcios de 10,93 milhões de participantes ativos em agosto com a do mesmo mês do ano passado, verificou-se aumento de 10,0% sobre os 9,94 milhões de um ano antes.

Em agosto, com a adesão recorde de consorciados, houve elevação do valor do tíquete médio em relação ao mesmo mês do ano passado. Os R$ 104,21 mil constatados em 2024 no Sistema de Consórcios foi 42,8% maior que os R$ 72,99 mil, anotados há um ano.

De janeiro a agosto, o acumulado de consorciados contemplados somou 1,13 milhão, 3,7% acima das 1,09 milhão, anotado naquele mesmo período do ano passado, e superou a marca de um milhão de contemplações.

A concessão de créditos para os consorciados contemplados ultrapassou R$ 63,83 bilhões, potencialmente injetados nos segmentos da economia nos quais a modalidade está presente, 15,9% maior que os anteriores R$ 55,08 bilhões.

“Passados dois terços do ano, o sistema de consórcios continuou sua trajetória de boas performances”, esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. “O principal destaque foi o recorde mensal de adesões, registrado em agosto, que atingiu 481,42 mil vendas. Quase meio milhão de cotas comercializadas, em apenas 22 dias úteis, refletiu o comportamento do consumidor brasileiro ávido por adquirir bens ou contratar serviços por meio do consórcio. Trata-se de um fato marcante que anima de forma significativa o segmento consorcial na projeção para os últimos quatro meses do ano”, afirma Rossi.

O consórcio nos elos da cadeia produtiva

O consórcio está em setores como o de duas rodas que, somente nos oito meses de contemplações, apontou a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a possível presença esteve também em um a cada três veículos leves comercializados no país.

Outro exemplo de atuação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, no qual o mecanismo anotou a potencialidade de uma a cada três comercializações de caminhões no mercado automotivo, negociados para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes, com destaque para uso de equipamentos no agronegócio.

A influência do consórcio na economia brasileira pode ser demonstrada pelos totais de créditos concedidos e à disposição dos consorciados, como nos mercados de veículos automotores e imobiliário. Nas liberações acumuladas de janeiro a agosto, o Sistema de Consórcios atingiu 34,4% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 44,8% de provável participação, e no de veículos pesados, a relação somente para caminhões foi de 32,9%, no período.

Nos sete meses iniciais deste ano, o segmento imobiliário apresentou 17,8% de consorciados contemplados em potenciais participações no total de 367,45 mil imóveis financiados, incluindo o consórcio. Aproximadamente houve um imóvel por consórcio a cada seis comercializados.

“Sempre vale lembrar que muitos créditos liberados por ocasião das contemplações no sistema de consórcios”, esclarece Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC, “não são transformados em bens ou em contratação de serviços de imediato. Assim, existem valores pertencentes a contemplados em vários segmentos que ainda não foram utilizados, razão pela qual divulgamos em dois tipos de classificações: primeiro as estimativas potenciais de inserções dos créditos nos mercados de cada setor e posteriormente também as aquisições realizadas”, complementa.

Aquisições realizadas confirmam a participação dos consórcios nas vendas setoriais no mercado interno

Ao utilizar os dados divulgados pela B3 até agosto, os percentuais de aquisição de veículos automotores realizados via consórcio reafirmaram a presença e o gradativo crescimento do mecanismo nas vendas no mercado interno, nos oito meses deste ano.

No segmento de veículos leves, observou-se que, do total geral, 8,2% foram realizados com créditos concedidos por contemplações, enquanto 91,8% originaram-se dos financiamentos.

No segmento das duas rodas, observou-se que, do volume comercializado no mercado nacional, 26,1% foram utilizados a partir de créditos concedidos por consórcio, e 73,9% provenientes de financiamentos.

No segmento dos veículos pesados, os caminhões mostraram que do total vendido internamente, 10,4% foram com uso de créditos liberados por consórcio e 89,6% procedentes de financiamentos.

Ainda em veículos pesados, os implementos rodoviários totalizaram 18,6% de vendas pelo consórcio e 81,4% resultante de outras linhas de crédito, no mercado interno.

“Ao alinhar os múltiplos aspectos positivos verificados de janeiro a agosto”, comenta Rossi, “entendemos que o sistema de consórcios, face às suas características e peculiaridades exclusivas, torna-se um facilitador para o crescimento econômico dos diversos elos da cadeia produtiva, com destaque para a não geração de inflação e, especialmente, em razão de que, desde a sua criação, contribui para o planejamento da produção industrial e do financeiro da vida do brasileiro”, completa.

Índice de Confiança do Setor de Consórcios - ICSC oscila e mostra ligeira retração

Em setembro, a avaliação, sempre baseada nas respostas recebidas, apontou 62,2 pontos, 6,0 pontos inferior ao último levantamento.  

Para Barbagallo, “a pequena redução deveu-se à cautela demonstrada principalmente com relação ao comportamento da economia brasileira, onde a quantidade de respostas na opção “sem alterações” aumentou, e em contrapartida, na opção “melhorou” diminuiu, fato que ocorreu também em relação ao sistema de consórcios”.

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