Cada vez mais, a IA (Inteligência Artificial) passa a fazer parte da rotina de organizações de diversos setores no Brasil e no mundo. Prova disso, um estudo recente, compartilhado pelo Data Centre Dynamics, revelou que as soluções relacionadas à IA estão entre as tendências do chamado “novo mercado”.
Cristiano Lagôas, presidente da Associação Brasileira de ESG - responsável por um dos maiores eventos de ESG e sustentabilidade da América Latina, que acontece entre os dias 16 e 17 de outubro em São Paulo (SP) -, destaca que há uma série de possíveis utilizações da IA em práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).
“À medida que as empresas enfrentam pressão crescente para adotar práticas de ESG, a IA surge como uma ferramenta estratégica essencial”, afirma. “A capacidade de processar grandes volumes de dados e identificar padrões complexos torna a IA um recurso para empresas que buscam melhorar seu desempenho em sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa”, considera.
No campo ambiental, prossegue Lagôas, a IA pode desempenhar um papel crucial no monitoramento de questões climáticas e na gestão de recursos. “Por meio da análise de dados meteorológicos, as empresas podem prever e mitigar impactos ambientais adversos”, pontua.
Ele ressalta que sensores IoT (Internet das Coisas) integrados com IA possibilitam o monitoramento em tempo real da qualidade do ar e da água, ajudando a identificar e combater fontes de poluição. Além disso, algoritmos inteligentes podem otimizar o uso de energia, reduzindo a pegada de carbono das operações empresariais.
“Em termos de responsabilidade social, a IA pode ser uma ferramenta para melhorar as condições de trabalho e o bem-estar dos funcionários”, acrescenta Lagôas. “Com a análise de dados sobre segurança no local de trabalho, a IA pode identificar padrões de risco e sugerir medidas preventivas para evitar acidentes”.
O presidente da Associação Brasileira de ESG observa que sistemas de monitoramento com IA também podem ajudar a identificar sinais de burnout e estresse, permitindo que as empresas intervenham precocemente para proteger a saúde mental de seus colaboradores.
“Na governança corporativa, a IA se destaca na detecção de fraudes e na garantia de conformidade regulatória”, explica Lagôas. Ele conta que, ao analisar grandes volumes de dados financeiros, a IA pode identificar padrões anômalos que indicam possíveis irregularidades, protegendo a integridade das operações empresariais. “Além disso, sistemas baseados em IA podem auxiliar os líderes empresariais a tomar decisões mais éticas, considerando um amplo espectro de fatores ESG”, articula.
Lagôas explica que, no que diz respeito ao engajamento e à transparência com stakeholders (parte interessada), a IA pode ser utilizada para analisar o sentimento do público e adaptar as comunicações corporativas. Ferramentas de análise de sentimento permitem às empresas entender melhor as preocupações dos stakeholders, enquanto algoritmos de personalização ajudam a criar conteúdos específicos para diferentes grupos de interesse, promovendo uma comunicação mais eficaz e transparente.
“Com todas essas aplicações, a IA se afirma como uma aliada para empresas que desejam se destacar em práticas ESG, impulsionando não apenas a sustentabilidade, mas também a competitividade no mercado global”, finaliza.
Para mais informações, basta acessar: https://www.congressodeesg.org.br/
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