
A Força Aérea Brasileira informou que a explosão ocorrida durante o lançamento de um foguete em Alcântara, no Maranhão, nesta segunda-feira (22), foi provocada por uma anomalia identificada poucos segundos após a decolagem. Segundo a corporação, o problema resultou na queda do veículo dentro da área do Centro de Lançamento de Alcântara, com colisão contra o solo.
De acordo com a FAB, equipes do Corpo de Bombeiros e da própria Força Aérea foram acionadas imediatamente após o incidente para atuar na área onde os destroços se espalharam. Os restos do foguete caíram nas proximidades da base, sem registro de vítimas, conforme as informações oficiais divulgadas até o momento.
Imagens captadas logo após a tentativa de lançamento mostram uma intensa nuvem de fogo envolvendo o foguete, indicando que a falha ocorreu quase instantaneamente após a partida. Em nota, a FAB destacou que todas as ações sob sua responsabilidade — incluindo segurança, rastreamento e coleta de dados — foram executadas conforme o planejamento, assegurando que a operação seguisse os parâmetros internacionais adotados no setor espacial.
O lançamento integrava uma iniciativa inédita de cooperação entre o Brasil e uma empresa privada da Coreia do Sul, com o objetivo de colocar em operação um foguete orbital a partir do território brasileiro. O projeto é considerado estratégico para o avanço do programa espacial nacional e para a consolidação do Centro de Lançamento de Alcântara como plataforma para operações comerciais.
O veículo envolvido na operação foi o Hanbit-Nano, projetado para alcançar o espaço em aproximadamente três minutos. Com 21,9 metros de altura, cerca de 20 toneladas e 1,4 metro de diâmetro, o foguete pode atingir velocidades de até 30 mil quilômetros por hora.
O desenvolvimento do Hanbit-Nano contou com a participação de 247 profissionais, sendo 102 engenheiros dedicados exclusivamente às áreas de pesquisa e desenvolvimento. A FAB informou que a análise dos destroços e dos dados coletados seguirá em andamento para detalhar as causas da falha e subsidiar futuras operações.
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