O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (6) que teve uma “excelente conversa” com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita por meio de uma publicação na rede social Truth Social, em que o republicano descreveu o diálogo como produtivo e voltado principalmente para temas econômicos e comerciais.
Segundo Trump, o telefonema, que durou cerca de 30 minutos, abordou a cooperação econômica e as possibilidades de ampliação do comércio bilateral entre os dois países. “Conversamos sobre muitas coisas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da ligação — nossos países farão muito bem juntos!”, escreveu o presidente americano.
O contato representou o primeiro diálogo direto entre Lula e Trump desde que Washington impôs sobretaxas de 50% a produtos brasileiros, o que gerou desconforto diplomático entre os dois governos. Fontes do Palácio do Planalto afirmaram que Lula aproveitou a conversa para pedir a revisão das medidas tarifárias e o fim das sanções aplicadas a autoridades brasileiras.
Do lado brasileiro, acompanharam a chamada o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. De acordo com interlocutores do governo, o tom da conversa foi cordial e construtivo, sem menções a temas políticos internos ou a figuras da oposição.
Ainda não há confirmação oficial por parte da Casa Branca sobre o conteúdo do diálogo, mas ambos os governos indicaram que um encontro presencial está sendo avaliado. A expectativa é que a reunião possa ocorrer nos próximos meses, com a possibilidade de ser realizada em Washington ou em Brasília.
O gesto de aproximação ocorre em um momento de tensão comercial e busca por reequilíbrio diplomático entre as duas maiores economias do continente. Tanto Lula quanto Trump sinalizaram interesse em fortalecer a parceria bilateral, especialmente em áreas como energia, agricultura e tecnologia.
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