Maior hospital filantrópico do interior de Minas deve iniciar atendimentos até março de 2026

O Hospital Regional de Teófilo Otoni, projetado para se tornar o maior do interior de Minas Gerais, deve receber os primeiros pacientes no início de 2026. A previsão foi anunciada nesta segunda-feira (8) durante cerimônia que formalizou o acordo para a compra de equipamentos e a finalização da infraestrutura do complexo.

Segundo o cronograma divulgado, cerca de seis meses serão necessários para ajustes estruturais, instalação dos aparelhos e início das contratações. Entre as modificações previstas está o reforço do teto para suportar equipamentos de hemodinâmica, fundamentais para procedimentos cardiológicos. O secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, ressaltou que a abertura será escalonada. “Um hospital desse porte não consegue começar a funcionar de uma vez. Isso será feito em etapas”, afirmou.

A gestão da unidade ficará a cargo do Instituto Mário Penna, que também será responsável pela aquisição e instalação dos equipamentos. O diretor-presidente da instituição, Marco Antônio Viana Leite, destacou que já foram capacitados 350 técnicos de enfermagem para compor as primeiras equipes. “Pela primeira vez, as pessoas da região não precisarão se deslocar até a capital para buscar atendimento”, disse.

O projeto inicial do hospital previa 427 leitos, mas a estimativa foi atualizada para 432 vagas, considerando adaptações realizadas na estrutura. A unidade deverá atender mais de 1,5 milhão de pessoas na macrorregião Nordeste e, quando estiver em pleno funcionamento, deve gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos.

O acordo que possibilitou a aquisição de equipamentos e materiais foi assinado no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), com repasse de R$ 127,5 milhões provenientes do acordo judicial da tragédia de Brumadinho. O valor será destinado à compra de equipamentos, itens permanentes, materiais de consumo e pequenas obras. A cerimônia contou com a presença do governador Romeu Zema, do presidente do TCE-MG, conselheiro Durval Ângelo, e do coordenador da Mesa de Conciliação, Agostinho Patrus.