Em uma votação realizada na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 10 de abril, foi decidido manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
A decisão foi tomada com 23 parlamentares votando a favor da manutenção da prisão, enquanto 15 se manifestaram a favor da soltura. Outros 14 deputados não votaram ou estiveram ausentes durante a votação. A votação registrou apenas uma abstenção.
Chiquinho Brazão foi detido pela Polícia Federal em 24 de março, sob acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. O deputado não participou virtualmente do debate em Plenário, pois, segundo seu advogado, Cleber Lopes, não havia agente penitenciário ou conexão no presídio onde está detido.
A decisão da Câmara dos Deputados contou com 277 votos favoráveis, confirmando a prisão em flagrante e sem fiança de Brazão. Para manter o deputado preso, eram necessárias pelo menos 257 manifestações nesse sentido. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados também havia mantido a prisão preventiva de Chiquinho Brazão após uma sessão que durou pouco mais de cinco horas, na qual foram apresentados argumentos tanto a favor quanto contra a prisão do parlamentar.
Além de Brazão, também foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa. Os nomes dos mandantes foram revelados após uma delação premiada do atirador Ronnie Lessa, que já está preso como executor do crime.
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