Uma obra na BR-050, em Uberaba, revelou um novo fóssil que pode pertencer a um Titanossauro. A descoberta ocorreu no km 168 da rodovia durante trabalhos de terraplenagem para recuperação de um talude, conforme informado pela Ecovias Minas Goiás, concessionária responsável pelo trecho.
O fóssil, que tem cerca de 60 centímetros, estava encrustado na rocha a quatro metros da base da rodovia, próximo a outros quatro fragmentos fósseis. Todos os materiais serão encaminhados para um museu da região para estudos mais detalhados. Segundo análises preliminares de paleontólogos contratados pela concessionária, há indícios de que o material possa ser de um Titanossauro, um dinossauro herbívoro que habitou a região há milhões de anos.
Os fósseis serão levados à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), onde especialistas realizarão exames para confirmar a espécie a que pertenciam.
A Ecovias Minas Goiás destacou que a descoberta reforça seu compromisso com a preservação do patrimônio histórico e cultural das cidades onde atua. Em 2021, a concessionária solicitou um levantamento das principais áreas de potencial fossilífero ao longo dos 436,6 quilômetros concedidos da BR-050, entre Delta (MG) e Cristalina (GO). Como resultado desse estudo, passou a contar com uma equipe de paleontólogos para monitorar obras em áreas com alto potencial de descobertas, como Uberaba.
“Como concessionária de rodovia, temos a missão de ajudar no desenvolvimento dos municípios do nosso trecho, sempre com foco na sustentabilidade. É por isso que desenvolvemos parcerias como essa, que vão além do investimento em infraestrutura rodoviária. Além de garantir a preservação do patrimônio histórico do trecho, nós também contribuímos para o desenvolvimento cultural e científico de cidades e instituições”, afirmou Daniela Almeida, coordenadora de Sustentabilidade da Ecovias Minas Goiás.
A nova descoberta se soma a outra feita em 2023, quando 22 blocos fósseis foram encontrados durante outra obra de melhoria viária no mesmo trecho da BR-050. Uberaba é reconhecida como um dos principais sítios paleontológicos do Brasil, e as novas descobertas reforçam sua importância no estudo da pré-história do país.
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