Programa da Rede Minas com personagens inspirados em pastora gera polêmica

A animação “Danizinha Protetora”, inspirada na pastora e vice-presidente da Igreja Batista Getsêmani, Daniela Linhares, foi denunciada ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por suposto preconceito de gênero. O desenho estreou na Rede Minas na segunda-feira, 22 de julho.

A Rede Minas anunciou a atração na sexta-feira, 19 de julho, descrevendo-a como uma animação que visa “proteger as crianças contra ameaças que podem tirá-las da sua infância”.

A denúncia foi feita pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (Conedh/MG), que alega que uma propaganda da animação com a frase “Menino e Menina: Deus fez os dois para sua glória!” e com as cores “azul para meninos e rosa para meninas” configura postura irregular na TV estatal.

O Conedh argumenta que a Fundação TV Minas Cultural e Educativa (FTVM) deve seguir os interesses públicos, a legislação e os princípios dos direitos humanos. Além disso, o órgão afirma que a animação possui elementos que podem ameaçar a liberdade de crença.

Após receber a denúncia, o MPMG instaurou uma notícia-fato para apurar o caso. O Conedh solicita que o Ministério Público verifique a preservação da laicidade do Estado e do interesse público em detrimento do privado.

A personagem Danizinha, inspirada na pastora Daniela Linhares, defende valores cristãos e ensina às crianças a importância de confiar em Deus e identificar situações que podem comprometer seu bem-estar.

Daniela Linhares afirma que cedeu os direitos autorais do desenho “Danizinha Protetora” à Rede Minas sem envolvimento financeiro e que a animação não tem relação com a religião ou financiamento da Igreja Batista Getsêmani.