A construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte pode começar em 60 dias, após a aprovação do licenciamento ambiental pelo Estado nesta quarta-feira, 24 de julho. As primeiras intervenções no ramal que interligará a Linha 1 ao Barreiro foram antecipadas para setembro deste ano, originalmente previstas para março de 2026.
A aprovação do licenciamento pela Câmara Técnica de Infraestrutura (CIF) do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Copam) permite a execução da obra. O aval cobre tanto a instalação da Linha 2, com 10,5 km, quanto a ampliação da Linha 1, que ganhará 1,6 km, ligando o terminal Eldorado à futura estação Novo Eldorado, em Contagem.
Segundo o governo de Minas, a antecipação do cronograma ocorreu devido à prioridade do projeto. O licenciamento foi formalizado na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) em 11 de março deste ano, com prazo de análise de até seis meses, mas foi concluído em julho.
O novo ramal conectará a atual Linha 1 ao Barreiro, passando por sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Salgado Filho, Vista Alegre, Ferrugem, M. Vallourec e Barreiro. A estimativa é que mais de 50 mil usuários utilizem a linha diariamente.
A concessão do metrô, que completou um ano de operação em março, tem duração de 30 anos e foi firmada entre o governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), e a concessionária Metrô BH. Até agora, foram implantados internet wi-fi nos trens e estações e um sistema de bilhetagem digital. A reforma dos terminais de embarque e desembarque, das vias permanentes e da rede aérea do sistema da Linha 1 está em andamento, que atualmente transporta 100 mil pessoas por dia.
Em maio, a empresa operadora do metrô comprou 24 novos trens, com o primeiro previsto para entrar em circulação no primeiro semestre de 2026. As novas composições serão utilizadas tanto na Linha 1 quanto na Linha 2.
O investimento total para melhorias e ampliações ao longo do contrato é estimado em R$ 3,7 bilhões, com R$ 2,8 bilhões provenientes de aportes do governo federal e cerca de R$ 440 milhões do Termo de Reparação assinado pelo governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) com a mineradora Vale, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho. A tragédia matou 272 pessoas e causou danos sociais, econômicos e ambientais em Minas Gerais.
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