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Minas Gerais mantém expansão, e economia cresce 2,9% no 1º trimestre de 2024

Levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (1/7) pela Fundação João Pinheiro, e resultado conta com a contribuição de políticas públicas do Gov...

01/07/2024 às 11h08
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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José Paulo Lacerda / CNI
José Paulo Lacerda / CNI

A economia mineira mantém em 2024 o ritmo de crescimento com o qual fechou o último ano. No primeiro trimestre, a geração de riquezas pelo estado teve avanço real de 2,9% frente a igual período de 2023 e ficou acima da registrada pela média nacional, de 2,5%. O desempenho reflete o trabalho do  Governo de Minas  para incentivar o desenvolvimento econômico estadual, comprovado pela expansão da indústria mineira que, de janeiro a março, foi o principal destaque do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas.

O resultado do PIB estadual foi divulgado nesta segunda-feira (1/7) pela Fundação João Pinheiro (FJP) . O PIB nominal de Minas no primeiro trimestre deste ano totalizou R$ 253,8 bilhões, contra R$ 240,8 bilhões no mesmo intervalo do ano passado.

Com o montante, o estado respondeu por uma fatia de 9,4% da riqueza produzida pelo país no mesmo período (R$ 2,71 trilhões), acima dos 9,3% apurados no mesmo trimestre de 2023.

A agropecuária contabilizou R$ 15,3 bilhões para a economia mineira, seguida da indústria (R$ 66,6 bilhões) e dos serviços (R$ 141,2 bilhões). O restante ficou por conta dos impostos indiretos gerados sobre produtos líquidos de subsídios: R$ 30,7 bilhões.

No confronto com o último trimestre de 2023, o PIB de Minas avançou 0,5%. Já no acumulado dos últimos quatro trimestres, houve expansão de 2,9%, com contribuição positiva das três atividades: agropecuária (10,5%), indústria (2,7%) e serviços (2,2%).

Desinflação e queda nos juros aquecem indústria

A indústria, responsável por mais de um quarto do PIB mineiro, liderou o aumento da soma de bens e serviços produzidos no estado no começo deste ano. A alta de 3,9% do setor foi impulsionada pelo bom desempenho de todos os seus segmentos frente a igual trimestre do ano passado, favorecidos por um ambiente de menor inflação, queda nos juros e pelo clima.

A indústria extrativa (7,2%) e a de utilidades públicas (10,4%) foram as que mais cresceram, seguidas pelas da construção (4,4%) e da transformação (1,0%). No caso da indústria extrativa, predominou a produção e venda/exportações de minério de ferro, tradicionalmente um produto de grande peso para a economia mineira e brasileira. Na de utilidades públicas, o destaque ficou com o segmento de geração de eletricidade.

O investimento em energia limpa é um dos carros-chefes da gestão do governador Romeu Zema. Por meio de políticas públicas como o Projeto Sol de Minas,  o estado já superou a marca de 8 GW de geração solar fotovoltaica  em operação, volume 15 vezes maior do que o de seis anos atrás.

“A transição energética é uma preocupação e uma meta do Governo de Minas. O incentivo à atração de investimentos para produção de uma energia limpa, sustentável, é fundamental não apenas pelo nosso projeto de desenvolvimento responsável, como, em outra ponta, contribui para a melhoria na qualidade de vida da população por meio dos empregos criados”, afirma o secretário de  Estado de Desenvolvimento Econômico , Fernando Passalio.

O setor de serviços, que inclui segmentos como comércio e transportes, se beneficiou do bom momento da indústria estadual e cresceu 2,5% no 1º trimestre, enquanto a agropecuária recuou 4,6% no confronto com os primeiros três meses de 2023.

“Como este ano foi relativamente seco, isso é ruim para a pecuária, a agricultura, mas é bom para a mineração. Quando temos um janeiro, fevereiro, muito chuvosos, a mineração sofre bastante, mas, neste ano, esse (tempo seco) foi um aspecto a mais que contribuiu”, explica o coordenador de Contas Regionais da FJP, Raimundo de Sousa, sobre o avanço da indústria extrativa.

Laticínios e metalurgia apresentam recuperação

O aumento do consumo, com a redução dos juros e a menor pressão da inflação, também favoreceu outras indústrias, como a de transformação. Thiago Almeida, pesquisador da Coordenação de Contas Regionais da FJP, destaca o desempenho, principalmente, da produção de alimentos.

“O setor de alimentos tem um peso grande na composição da indústria da transformação. Tivemos, por exemplo, a recuperação na indústria de laticínios, a melhora no consumo e uma expectativa do controle das importações de leite. Teve também (como destaque) o segmento da metalurgia, que vinha de dois trimestres de resultados negativos, que também pode ter sido influenciado positivamente pela construção civil”, aponta.

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