A advogada Luana Otoni de Paula, de 39 anos, teve seu registro profissional suspenso pela Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) após ser filmada agredindo um funcionário da companhia aérea Azul no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, no último domingo, 23 de junho. A mulher também é suspeita de proferir injúrias raciais. A suspensão pode ser consultada no site da OAB, embora o processo administrativo contra Luana tramite em sigilo.
Além da suspensão, na segunda-feira, 24 de junho, Luana foi destituída do cargo de presidente da Comissão de Direito da Moda da OAB-MG por meio de portaria assinada pelo presidente da entidade, Sergio Leonardo.
No domingo, a Polícia Federal (PF) foi acionada, deu voz de prisão à suspeita e a conduziu até a base da PM, onde foi registrado o boletim de ocorrência. De acordo com o registro policial, durante o embarque, a mulher caiu no finger (ponte que faz a ligação entre o terminal do aeroporto e o avião) e demonstrou estar com sintomas de embriaguez.
A advogada teria ficado inconformada ao ser retirada do voo e agrediu o funcionário da companhia aérea. Imagens das câmeras do aeroporto capturaram o momento em que ela atinge o homem de 45 anos com chutes, socos e tapas no rosto. Ela também o chamou de “macaco”, “preto” e “vagabundo”, entre outros insultos.
Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), a advogada foi conduzida ao Presídio de Vespasiano, na Grande BH, na madrugada dessa segunda-feira, mas foi solta na manhã desta terça, 25 de junho. A audiência de custódia foi realizada virtualmente na tarde de segunda-feira. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou a soltura da advogada, levando em consideração uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê a prisão cautelar somente em casos excepcionais.
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