O Dia Mundial do Doador de Sangue é comemorado desde 2005, por iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). A escolha da data marca o nascimento do médico austríaco Karl Landsteiner, que deu início à classificação da tipagem sanguínea pelo sistema ABO e descobriu o fator Rh.
A campanha de 2024 apresenta o lema "20 anos celebrando a generosidade: Muito obrigado, doadores de sangue!", com a intenção de agradecer e reconhecer os doadores voluntários de sangue que contribuíram para a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo.
Um exemplo vem do segurança pessoal Roberto Pereira dos Santos, que também comemora 20 anos como doador de sangue. Nesta semana, ele esteve no Hemocentro de Belo Horizonte para repetir uma atividade que faz, com satisfação, pelo menos duas vezes ao ano. A primeira doação foi quando ele estava no Exército. Logo, começou a divulgar a causa e já chegou a levar um grupo de 30 novos doadores ao hemocentro.
Ele comenta que, além de ser um doador universal – seu sangue é tipo O negativo, também é um doador fenotipado. Isso quer dizer que o sangue foi analisado e classificado para outros sistemas de grupos sanguíneos além dos conhecidos ABO e Rh. Essas doações ajudam pacientes específicos, como os portadores de anemia falciforme, que só podem receber determinado tipo de sangue para evitar reações transfusionais.
“Me sinto muito grato em ajudar. É como se diz: fazer o bem sem olhar a quem”, afirma.
A campanha da OMS também pretende promover uma cultura de doação regular de sangue entre jovens, criando uma rede diversa e sustentável de doadores.
“O sangue é um remédio diferente dos outros, que não se pode fabricar, e depende exclusivamente da solidariedade das pessoas. Por isso, é importante agradecer sempre aos nossos doadores fidelizados e aproveitar para motivar uma nova geração a continuar mantendo essa corrente do bem”, diz o assessor de Captação da Fundação Hemominas , Nivaldo Junior.
Iniciando a vida de doadores estão os colegas Marcos Elias, Camila Vitória, ambos de 18 anos, e Rodrigo Allison, de 16. Eles estiveram no hemocentro para doar pela primeira vez após uma campanha interna sobre a importância da doação de sangue na empresa onde trabalham. Todos estavam um pouco ansiosos, mas, com o acolhimento e esclarecimentos dos profissionais da sala de coleta, realizaram a doação com tranquilidade.
Com a primeira doação feita, eles prometem voltar a repetir esse gesto e ajudar mais pessoas. Os colegas de trabalho aproveitaram para contribuir na homenagem ao Dia Mundial do Doador de Sangue, gravando mensagens convidando mais pessoas a ajudar a melhorar os estoques de sangue da rede Hemominas. “Nós já doamos. Venha doar você também”, disseram.
Nivaldo Junior destaca que conscientizar outras pessoas sobre a importância do ato é um papel muito válido e necessário. “Assim, a Fundação Hemominas estende os agradecimentos e homenagens a todos aqueles que contribuem com a causa, seja doando, compartilhando informações, fazendo campanhas e também aos que trabalham para que a instituição exerça esse papel essencial à sociedade”, conclui.
Doação regular
Segundo dados da Assessoria de Captação de Cadastro da Fundação Hemominas, apenas 1,8% dos mineiros são doadores de sangue regulares, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse índice seja de, pelo menos, 3% da população.
Atualmente, as unidades da Hemominas em todo o estado observam uma diminuição no comparecimento de doadores, o que reflete nos estoques de sangue. Os tipos sanguíneos negativos registraram nesta semana uma queda média de quase 50%, enquanto os tipos negativos estão cerca de 30% abaixo do ideal.
O estoque baixo de sangue pode provocar diversas consequências, como a não realização de cirurgias e tratamentos necessários, além de colocar em risco a vida de pacientes em situações de emergência. Por isso, é fundamental que a população se mobilize para manter os estoques sempre abastecidos.
Os critérios para doar sangue estão disponíveis neste link .
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