Os professores e trabalhadores da educação da rede estadual de ensino farão uma assembleia hoje, 13 de junho, para decidir sobre uma possível paralisação.
A principal reivindicação é a suspensão do Projeto de Lei 2238/2024, proposto pelo governador Romeu Zema (Novo), que aumenta em 81,7% as contribuições ao Instituto de Previdência de Minas Gerais (Ipsemg) e institui novas cobranças para dependentes.
A proposta também prevê sobretaxas para idosos, mudanças na administração do instituto e a venda de imóveis do Ipsemg. A categoria, reunida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE-MG), se encontrará no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com indicativo de greve.
O SindUTE-MG já solicitou ao governo e ao presidente da ALMG a suspensão da tramitação do projeto para maior debate com os servidores. No entanto, a proposta ainda tramita após ser retirada temporariamente da pauta por um requerimento da oposição.
Denise Romano, coordenadora geral do SindUTE-MG, afirma que a decisão sobre a greve será dos trabalhadores, destacando a importância de impedir o aumento das contribuições e manter o Ipsemg como patrimônio dos servidores.
“A bola está com o governo. Nós já solicitamos a suspensão da tramitação desse projeto para o presidente da Assembleia e para governador do Estado, mas não obtivemos resposta. Então, enquanto esse projeto estiver em tramitação, a educação vai estar mobilizada para combater a aprovação desse projeto”, destaca a coordenadora geral do Sind-UTE, Denise Romano.
Segundo ela, o aumento impacta principalmente os trabalhadores de baixa renda, como os servidores da educação.
“A educação é o maior quadro setorial do estado de Minas Gerais e os maiores usuários do Ipsemg. E somos nós que recebemos os piores vencimentos do estado, junto com outras carreiras do funcionalismo público estadual”. Segundo ela, o Ipsemg é fundamental para a categoria e “vale a luta”.
O governo justifica o aumento alegando que o Ipsemg é deficitário, necessitando da elevação das contribuições.
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