°C °C
Publicidade

Criança de BH vai receber remédio de R$ 16 milhões gratuitamente com decisão do STF

Calebe Nepomuceno tem 2 anos e foi diagnosticado com distrofia muscular de Duchenne, que causa a atrofia dos músculos afetados

12/06/2024 às 09h04 Atualizada em 12/06/2024 às 09h10
Por: Redação
Compartilhe:
Reprodução/internet
Reprodução/internet

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, decidiu que o menino Calebe Nepomuceno Moreira Gomes, de 2 anos, receba o remédio Elevidys gratuitamente. O medicamento, aplicado em dose única, custa R$16 milhões e deve ser pago pela União.

O STF aprovou o pedido da família. Na decisão, Cármen Lúcia escreveu que "é obrigação do Poder Público assegurar ao reclamante o seu direito à saúde" e que "dignidade não tem preço, vale para todos quantos participam do humano".

A família de Calebe mora em Belo Horizonte e comemorou a decisão. "Recebemos a notícia em um mercado, e a moça do caixa deve ter achado que eu e minha esposa éramos loucos ou algo do tipo, porque gritamos muito de alegria", conta Luiz Mateus Gomes, pai de Calebe.

O garoto foi diagnosticado com distrofia muscular de Duchenne, que causa a atrofia dos músculos afetados, interferindo severamente na qualidade de vida do paciente. 

Sem tratamento, pacientes morrem em torno dos 20 anos.

Em audiência na Câmara dos Deputados, Grossklauss afirmou que a doença "começa com 3 ou 4 anos, aí vai progredindo essa fraqueza muscular. Por volta de 10 ou 11 anos, os pacientes param de andar, vão para a cadeira de rodas, começa a deterioração cardíaca e respiratória e, a partir daí, a criança vai necessitando de mais remédios cardiológicos e mais tempo de uso de bipap [respirador mecânico]. Hoje, normalmente o óbito ocorre por volta de 30, 40 anos".

O tratamento sem remédio milionário é limitado. Sem o Elevidys, pacientes dependem de fisioterapia e uso de corticoides para sobreviverem. Entretanto, o uso excessivo desses medicamentos podem causar osteoporose, catarata, aumento de colesterol e de triglicérides, sem interromper o desenvolvimento da doença.

O remédio ainda não tem registro da Anvisa. O registro pode ocorrer até junho deste ano. 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários