De acordo com o Mapa GovTech – Brasil 2024, o mercado govtech brasileiro está se tornando um dos setores digitais mais importantes da economia mundial, com previsão de atingir uma valorização de US$ 1 trilhão até 2025, crescendo 15% ao ano nos próximos anos, abaixo apenas do segmento “Business to Consumer” (B2C), avaliado em US$ 6,37 trilhões.
O levantamento mostra ainda que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil foi classificado como o quarto país da América do Sul com melhor oferta de serviços públicos digitais e ficou entre os 50 melhores entre 193 nações. É estimado que o volume de investimentos públicos em govtechs ultrapasse R$ 60 milhões em 2024.
Cesar Alcácio, CEO da 3P Brasil, empresa que atua com implementação e gestão de tecnologia, avalia que as parcerias do governo com a iniciativa privada contribuíram para o acesso de tecnologias de ponta, que incrementaram o serviço de atendimento ao cidadão e reduziram a distância entre o estado e a população. “Um passo grande foi a implementação das centrais de atendimento ao cidadão, que centralizaram o atendimento e promoveram uma redução da burocracia e agilidade na resolução de problemas”, afirma.
O Judiciário brasileiro, por exemplo, tem se destacado como um dos setores que mais avançam na transformação digital no país. Segundo o mapa, 33,43% das iniciativas de inovação no setor público estão concentradas nessa área, ficando atrás apenas do Executivo (55,92%).
Dados do governo mostram que, de 2019 a 2021, o país economizou mais de R$ 3,1 bilhões por ano com a transformação digital. Além disso, estima-se mais de 110 milhões de usuários cadastrados no gov.br, ou seja, um número superior a 72% do total da população com acesso à web. “A população deseja resolver suas questões sem necessitar se deslocar e, para isso, a tecnologia de atendimento é fundamental”, diz Alcácio.
“À medida que os serviços se tornam mais interativos e generativos, a população em geral consegue migrar do analógico ao digital de forma mais simples e natural. O Brasil já se destacou em vários aspectos na evolução digital, vide as eleições eletrônicas, o PIX e o IR via internet”, pontua o diretor executivo da 3P Brasil.
Atualmente existem fundos voltados especificamente para esse segmento, fazendo com que a falta de investimento não seja mais uma das principais barreiras enfrentadas pelas startups govtechs, conforme identificado no estudo As Startups GovTech e o Futuro do Governo do Brasil, publicado pelo BrazilLAB e a CAF em 2020.
Cesar observa que “embora o ecossistema de empresas brasileiras focadas em tecnologias para o setor público que oferecem atualmente soluções para desafios públicos, como tecnologia em nuvem, infraestrutura de computação e software, tenha crescido bastante, um ponto importante de destacar é a questão de educar o gestor público, em razão da falta de cultura de inovação”.
Para saber mais, basta acessar: https://www.3pbrasil.com.br/blog/
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