
A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA) confirmou nesta segunda-feira (8/12) a identificação de uma nova variante da mpox em um paciente que havia retornado recentemente de uma viagem à Ásia. A descoberta acendeu um alerta entre especialistas, pois a mutação apresenta elementos dos dois clados conhecidos da doença — o clado 1, associado a quadros mais severos, e o clado 2, geralmente menos agressivo.
Segundo a UKHSA, ainda não é possível determinar qual é a relevância epidemiológica da nova variante, e análises adicionais estão em curso. A responsável por infecções de transmissão sexual da agência, Katy Sinka, destacou que o sequenciamento genético foi fundamental para a detecção rápida da mutação. Ela reforçou que, embora muitos casos de mpox evoluam de forma benigna, a doença pode se tornar grave, especialmente entre pessoas não vacinadas. A vacinação, reiterou, continua sendo um dos recursos mais eficazes para prevenção de complicações.
A mpox, causada por um vírus da mesma família da varíola, manifesta-se com febre alta e lesões na pele e pode ser fatal. O vírus circulou de forma restrita na África desde sua identificação na década de 1970, mas ganhou projeção global em 2022, quando surtos foram registrados em diversos países onde a doença nunca havia sido detectada.
Em setembro deste ano, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou o fim da emergência internacional relacionada à mpox, citando a redução de casos e mortes. Apesar disso, autoridades sanitárias reforçam que o monitoramento segue crucial para evitar novo avanço da doença.
As autoridades britânicas agora buscam rastrear possíveis contatos do paciente e avaliar se a nova variante apresenta maior transmissibilidade ou risco clínico. Até o momento, não há indicação de disseminação comunitária no Reino Unido.
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