
Sem avanços nas negociações com o governo estadual, os policiais civis de Minas Gerais confirmaram a realização do protesto marcado para esta terça-feira (28), em Belo Horizonte. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol/MG), está prevista para acontecer na Praça da Assembleia Legislativa, podendo se estender em passeata por ruas do centro da capital.
Durante o ato, os policiais irão votar em assembleia-geral se haverá ou não paralisação das atividades, após mais de um mês sem retorno do Executivo mineiro às reivindicações apresentadas pela categoria. Segundo o Sindpol, o governo não abriu diálogo desde o anúncio do protesto.
Em nota, o sindicato afirma que o movimento ocorre diante de um cenário de “desvalorização e abandono” da corporação. A entidade aponta que os policiais civis mineiros recebem o quarto pior salário do país, além de enfrentarem estagnação na carreira e déficit de efetivo. O documento também denuncia que servidores são obrigados a acumular funções e trabalhar em delegacias com estrutura precária, viaturas sem abastecimento e falta de recursos básicos, o que, segundo o sindicato, tem contribuído para o adoecimento físico e mental de muitos profissionais.
O presidente do Sindpol, Wemerson Oliveira, destacou a importância da mobilização e da votação que definirá os rumos do movimento. “Esperamos uma grande participação dos policiais civis de todo o estado. Essa assembleia será decisiva para mostrar a insatisfação da categoria e definir o caminho a seguir diante da falta de diálogo e valorização”, afirmou.
O sindicato informou ainda que tentou contato com o vice-governador Mateus Simões, que esteve à frente do Executivo na última semana, mas não obteve retorno.
Procurado, o governo de Minas Gerais ainda não se manifestou sobre as reivindicações da categoria nem sobre a possibilidade de abrir negociação com o Sindpol.
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