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Stock Car pode danificar aparelho de R$9 milhões da UFMG

Possíveis problemas da corrida foram discutidos em audiência pública, nesta quarta-feira, 8 de maio, na Câmara Municipal de Belo Horizonte

10/05/2024 às 08h48
Por: Redação
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Reprodução/internet
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Danos em um equipamento de R$ 9 milhões estão entre os impactos previstos por servidores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com a realização da Stock Car no entorno do campus, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Os possíveis problemas da corrida foram discutidos em uma audiência pública, nesta quarta-feira, 8 de maio, na Câmara Municipal.

Representantes da instituição de ensino afirmaram que o prédio da Escola de Veterinária deve ser o mais afetado durante o evento. O local abriga laboratórios de pesquisa e um hospital para animais, onde são feitos cerca de três mil procedimentos por mês, entre cirurgias e acompanhamentos oncológicos.

Segundo pesquisadores, a trepidação do solo causada pelos carros é capaz de descalibrar máquinas sensíveis da unidade. Uma delas, avaliada em milhões de reais, faz inspeções de qualidade do leite para indústrias do Sudeste e Nordeste do país mensalmente.

"Nós já estamos em mais de R$ 36 milhões o custo dos nossos equipamentos. Já foi dito que tem um equipamento que já está sofrendo avarias por conta da poeira, nesse momento de obras", contou a vice-diretora da unidade, Eliane Gonçalves de Melo.

Os ruídos gerados pelas obras de preparação do evento e nas corridas também podem ocasionar estresse e morte de espécies utilizadas em estudos, além de afetar os atendimentos veterinários.

"Setenta decibéis já é muito para o animal. Nós estamos falando de 115 [decibéis] do carro, e são 35 carros. Então, é inadmissível. [...]. Nós vamos ter estresse violento, o animal pode pular, cair. Muitas vezes, não existe o que fazer. Então nós vamos ter também muita perda de animal", explicou a dirigente.

A prefeitura da capital e a Stock Car não enviaram representantes à Câmara. A sessão foi convocada pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, a pedido do vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares (MDB).

Durante a audiência, a diretora de comunicação da universidade, Fábia Pereira Lima, disse que a instituição não é contra a Stock Car, mas que o local escolhido não é adequado para a disputa.

De acordo com a professora, além das alterações promovidas no trânsito, o evento deve implicar no fechamento temporário do Centro Esportivo Universitário (CEU). O espaço recebe cerca de 600 atletas por dia.

Com a realização da corrida, parte do atendimento feito pela Escola de Odontologia também terá que ser suspenso. Na unidade são realizados até 255 procedimentos simultâneos para pessoas de todo o estado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

"Ações como a Stock Car só podem ocorrer mediante o respeito a outros direitos sociais e eles não estão sendo mantidos", afirmou Fábia Pereira Lima.

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