Samu de BH atende 15 mil trotes em seis meses e alerta população sobre uso correto do 192

Entre janeiro e junho deste ano, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Belo Horizonte recebeu cerca de 300 mil chamadas, das quais aproximadamente 15 mil foram trotes, segundo informações da Prefeitura de Belo Horizonte. Além disso, outras 93 mil ligações não estavam relacionadas a emergências médicas, incluindo pedidos de informações gerais, como localização de unidades de saúde.

De acordo com Roger Lage Alves, gerente do Samu-BH, essas ligações indevidas prejudicam o atendimento a ocorrências reais. “Parte da população ainda não compreende a missão do Samu e como o tempo que um atendente gasta com trote, por exemplo, impacta no atendimento a uma ocorrência real”, explicou.

Entre os contatos válidos, 141 mil foram considerados solicitações corretas, com envio de ambulâncias em 76 mil casos, o que equivale a mais de 358 atendimentos diários. Do total de socorros, 51,6% foram motivados por causas clínicas, como parada cardiorrespiratória e suspeita de AVC; 27,73% por traumas; e 10,22% por questões psiquiátricas.

O Samu reforçou que deve ser acionado apenas em situações de urgência ou emergência que representem risco de morte, sequela ou sofrimento intenso, como problemas cardiorrespiratórios, intoxicações, queimaduras graves, acidentes com vítimas, tentativas de suicídio, crises convulsivas ou suspeita de infarto e AVC.

Por outro lado, não é recomendado ligar para o 192 em casos de febre prolongada, dores crônicas, vômito ou diarreia, cólicas renais, dor de dente, trocas de sondas, cortes leves, entorses ou para transporte de pacientes entre hospitais ou para consultas médicas.

O serviço funciona 24 horas por dia, e a orientação das autoridades de saúde é que a população use o canal apenas para situações que realmente necessitem de intervenção médica urgente, garantindo que os recursos do Samu sejam direcionados de forma eficiente.