A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Polícia Militar (PM) desmentiram, nesta quinta-feira (12), informações que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre a presença de um corpo em uma caixa d’água na região de Nova Contagem e sua suposta relação com casos de diarreia na cidade. Segundo ambos, as alegações são falsas e não há qualquer registro de ocorrência envolvendo cadáveres em unidades de abastecimento.
Em nota, a Copasa afirmou que todos os processos de tratamento e distribuição de água seguem rigorosos padrões de controle, garantindo que o abastecimento fornecido à população atende aos parâmetros de potabilidade exigidos pela legislação. A empresa destacou ainda que enviou ao Ministério Público de Minas Gerais um documento com mais de 300 páginas, detalhando análises realizadas em laboratórios próprios e independentes, que confirmaram a segurança da água distribuída.
A PM reforçou que, após verificação, não houve qualquer ocorrência de cadáver em caixa d’água na região e orientou que informações de interesse público sejam sempre verificadas junto a órgãos oficiais antes de serem compartilhadas.
O esclarecimento ocorre em meio a um aumento de casos de Doença Diarreica Aguda (DDA) em Contagem. Levantamentos da Secretaria Municipal de Saúde apontam que, entre 3 de agosto e 8 de setembro, as unidades de saúde da cidade registraram 1.957 atendimentos por gastroenterites e DDA. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que acompanha o caso junto à prefeitura, investigando possíveis causas da proliferação da doença intestinal.
Segundo a SES-MG, doenças diarreicas agudas podem ser causadas por bactérias, vírus ou parasitas, relacionadas a fatores como consumo de água ou alimentos contaminados, falta de saneamento e condições inadequadas de higiene. Plataformas do governo estadual, como o Sivep-DDA e o sistema de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), estão sendo usadas para monitorar casos e orientar medidas de controle.
A Copasa reiterou seu compromisso com a qualidade e a segurança da água distribuída e pediu que a população busque informações apenas em seus canais institucionais ou em órgãos competentes, evitando a propagação de boatos que podem gerar desinformação e pânico.
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