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Vídeo registra execução de paciente do Cersam Barreiro em Belo Horizonte

Homem de 38 anos, com histórico criminal e medidas cautelares em domicílio, foi perseguido e morto na unidade de saúde; atendimento será restrito a casos urgentes.

11/09/2025 às 17h45
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Videopress Produtora
Foto: Videopress Produtora

Um homem de 38 anos foi executado na manhã de quarta-feira (10/9) em frente ao Centro de Referência de Saúde Mental (Cersam) do Barreiro, em Belo Horizonte, em um episódio registrado por vídeo que mostra a ação dos criminosos dentro e fora da unidade de saúde. Nas imagens, a vítima aparece fumando do lado de fora do Cersam quando dois homens em uma moto preta se aproximam. O garupa desce armado e dispara diversas vezes. O homem tenta fugir correndo pelas escadas da unidade, mas é perseguido e alvejado novamente, enquanto pacientes e funcionários tentam se proteger.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima, que era paciente do Cersam, chegou a ser reanimada pela equipe de saúde até a chegada do Samu, mas não resistiu aos ferimentos. A Prefeitura de Belo Horizonte informou que, após o incidente, o atendimento da unidade será restrito a casos urgentes, e lamentou o ocorrido, confirmando que a vítima foi perseguida até dentro da instituição.

O homem morto tinha histórico criminal: ele respondia por um duplo homicídio cometido no bairro Nova Cintra, logo após as eleições de 2022, quando matou um homem de 28 anos e uma menina de 12, deixando outras três pessoas feridas. Na época, a polícia apreendeu em sua residência um rifle, duas pistolas e mais de 500 munições.

Apesar do histórico criminal, o homem não estava preso e cumpria medidas cautelares em domicílio, incluindo tratamento psicológico. Em julho deste ano, o Ministério Público solicitou a utilização de tornozeleira eletrônica, mas o pedido foi negado pelo juiz responsável, que considerou laudos médicos que apontavam transtorno afetivo bipolar, episódios depressivos graves, uso abusivo de álcool e impulsividade.

O réu aguardava julgamento desde o atentado de 2022, respondendo por dois homicídios qualificados e seis tentativas de homicídio. Em junho, 24 testemunhas prestaram depoimento em audiência de instrução sobre o caso.

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