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“Gatos de energia” geram prejuízo de R$ 216 milhões em Minas Gerais no primeiro semestre

Cemig intensifica fiscalizações após identificar milhares de irregularidades; crime afeta consumidores e pode elevar tarifas

10/09/2025 às 16h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O furto de energia elétrica continua sendo um desafio para as distribuidoras em Minas Gerais. De acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), as chamadas perdas não técnicas — popularmente conhecidas como “gatos” — provocaram um prejuízo estimado em R$ 216 milhões apenas no primeiro semestre de 2025. Quase metade desse montante foi registrado na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Entre janeiro e junho, mais de 177 mil unidades consumidoras foram inspecionadas em todo o estado. Do total, 92 mil estavam localizadas na Grande BH, onde irregularidades identificadas representaram R$ 101 milhões em perdas. Embora os números ainda sejam expressivos, a Cemig destaca que houve redução em relação ao mesmo período de 2024, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contabilizou R$ 296,9 milhões em prejuízos em Minas.

O problema, no entanto, não se limita ao estado. Em todo o país, as perdas decorrentes do furto de energia chegaram a R$ 10,3 bilhões no último ano, segundo a Aneel.

Além do impacto econômico, a prática oferece riscos significativos à segurança. Instalações clandestinas podem provocar incêndios, choques elétricos e danificar aparelhos domésticos e industriais. Também comprometem a estabilidade do sistema, podendo gerar interrupções no fornecimento para consumidores regulares.

O assessor de Relações Institucionais da Cemig, Alexandre Ribeiro, ressalta que as consequências ultrapassam os prejuízos financeiros. “As instalações irregulares colocam em risco a vida de quem realiza os gatos e também da comunidade em geral. Além disso, podem causar falhas graves na rede elétrica, com efeitos que atingem milhares de pessoas”, afirmou.

Do ponto de vista legal, o furto de energia é enquadrado no artigo 155 do Código Penal, que prevê até oito anos de reclusão. Em alguns casos, os responsáveis também podem responder por estelionato, tipificado no artigo 171, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa. Quando confirmada a irregularidade, o consumidor deve ressarcir a companhia pelo valor da energia consumida sem registro e arcar com os custos administrativos da apuração.

A Cemig tem incentivado a população a denunciar casos suspeitos por meio do telefone 116 ou do site oficial da empresa. A companhia reforça que combater essa prática é fundamental não apenas para reduzir as perdas financeiras, mas também para garantir segurança e evitar que os custos sejam repassados à tarifa de energia paga pelos consumidores regulares.

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