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Mais de 500 escolas estaduais em Minas enfrentam falta de saneamento básico

Levantamento mostra que unidades ainda despejam esgoto em fossas rudimentares e parte dos alunos não tem acesso à água tratada

08/09/2025 às 15h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Alex de Jesus / O TEMPO
Foto: Alex de Jesus / O TEMPO

Um levantamento recente escancarou um problema invisível, mas de impacto direto na saúde e no aprendizado dos estudantes da rede estadual de Minas Gerais. Mais de 500 escolas públicas funcionam sem acesso a água potável ou esgoto tratado. O dado integra o Diagnóstico de Infraestrutura Escolar de 2024, obtido por meio da Lei de Acesso à Informação.

Das 3.954 instituições de ensino estaduais, 557 não dispõem de água devidamente tratada e 517 utilizam fossas rudimentares para descarte de dejetos, um sistema considerado ultrapassado e arriscado para a saúde pública. Além disso, outras 425 escolas recorrem a fossas sépticas, que, segundo especialistas, quando não recebem manutenção adequada, também oferecem riscos de contaminação do solo e dos recursos hídricos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais reconheceu que as escolas localizadas em áreas rurais enfrentam dificuldades para manter esse tipo de estrutura, principalmente pela falta de empresas que prestem serviços de manutenção em regiões afastadas. O Ministério das Cidades reforça que a ausência de tratamento adequado pode comprometer lençóis freáticos e aumentar a incidência de doenças relacionadas à água.

A realidade é perceptível em municípios como Montes Claros, no Norte de Minas. Na Escola Estadual Domingos Barbosa Braér, em Miralta, o esgoto é despejado em fossas negras, sem tratamento. Já na Escola Estadual João Miguel Teixeira, em um assentamento rural do mesmo município, os alunos utilizam água retirada de poços artesianos, sem garantia de qualidade. Moradores relatam mau cheiro, presença de insetos e insegurança em relação ao consumo da água.

A dificuldade se repete em Januária, que lidera o ranking de cidades com escolas sem acesso à rede de esgoto. Com área territorial extensa e comunidades localizadas a mais de 100 quilômetros do centro urbano, o município enfrenta barreiras logísticas para implantar sistemas de saneamento. A prefeitura afirma que pretende oferecer soluções até o fim de 2025.

Especialistas apontam que o desafio é ainda maior em cidades com grandes áreas rurais e baixa densidade populacional, já que as obras de saneamento se tornam mais caras e demoradas. Segundo a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), cabe a cada município decidir se o serviço será feito em parceria com a estatal ou por meio de agências locais.

 

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