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Distribuidora de combustíveis ligada a investigações do PCC mantém contratos com governos

Distribuidora de combustíveis citada na operação Carbono Oculto afirma não ter ligação com o PCC e destaca licitações regulares para justificar atuação

05/09/2025 às 17h45
Por: Bianca Guimarães
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Foto: totvs.com
Foto: totvs.com

A distribuidora de combustíveis Rede Sol Fuel, citada nas investigações da operação Carbono Oculto que apura relações do Primeiro Comando da Capital (PCC) com o setor de distribuição de combustíveis, mantém contratos de grande valor com órgãos públicos federais, estaduais e municipais. Segundo dados do Portal Nacional de Contratações Públicas, a empresa assinou desde 2023 contratos que somam cerca de R$ 500 milhões com diferentes esferas de governo, incluindo a Presidência da República, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), os comandos das três forças armadas e prefeituras de diversos estados.

A companhia, com sede em Ribeirão Preto (SP), foi citada pelas investigações como uma "entidade de significativa importância na estrutura da organização criminosa liderada por Mohamad Hussein Mourad", apontado como operador do PCC. De acordo com os autos, o terminal da Rede Sol é usado para lavagem de dinheiro e operacionalização de fraudes. Em nota, a empresa afirma que apenas cede espaço em seu terminal para outras companhias e que todas as parceiras possuem documentação regularizada e aval da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

O advogado da Rede Sol, Ricardo Padilha Saldanha, ressalta que a empresa não mantém relações comerciais com companhias investigadas e que já recorreu à Justiça para remover a Duvale, apontada como envolvida em fraudes. "A menção nas investigações afeta muito a imagem da gente. Uma história construída em 26 anos de atuação", afirmou o advogado.

Entre 15% e 20% do faturamento da empresa vem de contratos públicos. Entre os maiores acordos recentes estão R$ 154,5 milhões firmados com o Comando da Aeronáutica e R$ 168,8 milhões com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, ambos voltados ao fornecimento de combustíveis automotivos. As corporações afirmam que as contratações seguiram processos licitatórios legais e que os combustíveis são distribuídos em postos internos de uso próprio.

Outros órgãos, como o governo de São Paulo, o STJ e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, também indicam que a contratação ocorreu mediante concorrência pública, destacando que os preços competitivos foram determinantes para a escolha. O governo paulista destacou que, caso seja comprovada a participação da empresa em atividades criminosas, medidas legais serão tomadas com base nos princípios da moralidade e do interesse público.

A presença da Rede Sol Fuel no setor público ocorre em meio ao debate sobre a atuação de empresas privadas em áreas estratégicas e aos desdobramentos da operação Carbono Oculto, que investiga conexões entre organizações criminosas e o setor de combustíveis no país.

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