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Barragem da Vale em Ouro Preto, antes em risco máximo, terá descaracterização iniciada em 2026

Forquilha III, que chegou ao nível 3 de emergência, permanecerá sob monitoramento e terá eliminação completa prevista para 2035

05/09/2025 às 12h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Vale / Divulgação
Foto: Vale / Divulgação

A barragem Forquilha III, da mineradora Vale, localizada na mina de Fábrica, em Ouro Preto, está programada para iniciar o processo de descaracterização em 2026, segundo informou o vice-presidente executivo técnico da empresa, Rafael Bittar. A estrutura havia alcançado o nível 3 de emergência, considerado de risco iminente de rompimento, mas atualmente encontra-se classificada como nível 2, ainda requerendo cuidados, incluindo a manutenção da área de autossalvamento evacuada desde 2019.

De acordo com Bittar, a redução no nível de emergência reflete o avanço em investigações geotécnicas, a implementação de instrumentação moderna e a realização de estudos detalhados que permitiram uma avaliação mais precisa da estabilidade da barragem. A eliminação completa da Forquilha III está prevista para 2035, seguindo critérios de segurança e sem possibilidade de aceleração incompatível com as normas técnicas.

A Forquilha III faz parte de um conjunto de 13 barragens a montante que ainda serão descaracterizadas. Desde 2019, 17 das 30 estruturas previstas já foram eliminadas, com investimentos superiores a R$ 12 bilhões. A barragem não recebe rejeitos e é monitorada 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale, em Nova Lima. Além disso, foi construída uma Estrutura de Contenção a Jusante, com capacidade de reter rejeitos em caso de rompimento, visando proteger vidas e o meio ambiente.

Segundo a empresa, todas as atividades preparatórias para a descaracterização utilizam equipamentos operados remotamente e são acompanhadas por auditorias independentes e órgãos reguladores, incluindo a Agência Nacional de Mineração e o Ministério Público de Minas Gerais. A governança da barragem conta com monitoramento contínuo, com radares, sensores e câmeras, além de revisões periódicas realizadas por profissionais e comitês técnicos independentes.

Bittar destacou ainda a implementação do Padrão da Indústria para Gestão de Rejeitos (GISTM) em todas as barragens da Vale, considerado o primeiro padrão global do setor de mineração, que estabelece 77 requisitos para gestão de estruturas de armazenamento de rejeitos. Segundo ele, essas medidas reforçam o compromisso da empresa com a segurança das pessoas e do meio ambiente, enquanto as obras de descaracterização se preparam para começar em 2026.

Apesar da redução do risco, a Zona de Autossalvamento permanece evacuada, e ações de reparação, como transferência de renda, reforço de serviços públicos e programas culturais e turísticos, seguem sendo desenvolvidas em parceria com os municípios afetados. O objetivo é mitigar impactos e garantir segurança até a completa eliminação da barragem.

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