Morre em Milão o estilista Giorgio Armani aos 91 anos

O mundo da moda perdeu um de seus maiores ícones nesta quinta-feira (4). O estilista italiano Giorgio Armani morreu aos 91 anos, em Milão, cercado por familiares. A informação foi confirmada por nota oficial divulgada pelo Grupo Armani, que destacou a dedicação do criador à marca até seus últimos dias de vida. A causa da morte não foi revelada.

Chamado com reverência de Il Signor Armani por funcionários e colaboradores, o designer construiu uma das grifes mais respeitadas do mundo. Fundada em 1975, a empresa homônima completa 50 anos em 2025 e permanece como uma das poucas gigantes do setor a seguir independente, tendo o próprio Armani como único acionista. O velório será realizado entre os dias 6 e 7 de setembro no Armani/Teatro, em Milão, mas o funeral ocorrerá em caráter reservado, conforme a vontade do estilista.

No último fim de semana, Armani havia citado o designer Leo Dell'Orco, seu braço direito desde 1977, como possível sucessor. Dell'Orco já vinha assumindo funções de destaque, inclusive substituindo o estilista no tradicional aceno ao público durante desfiles recentes em Milão e Paris, quando Armani se afastou por razões de saúde.

Nascido em Piacenza, na Itália, em 11 de julho de 1934, Armani transformou seu nome em sinônimo de sofisticação. Em cinco décadas, construiu um império avaliado em cerca de 11,5 bilhões de euros, expandindo sua visão além da moda para áreas como design, arquitetura, hotelaria e até gastronomia. Reconhecido por um estilo minimalista e atemporal, conquistou tanto o público quanto celebridades e líderes mundiais, tornando-se figura central no universo fashion.

A nota oficial do Grupo Armani destacou o legado do estilista: “Sempre movido pela curiosidade e pela atenção às pessoas, criou um diálogo aberto com o público e fez da independência sua marca registrada. Sua família e seus funcionários se comprometem a dar continuidade a esse espírito com respeito e responsabilidade”.

Considerado um dos últimos grandes nomes de sua geração ainda à frente de sua própria empresa, Giorgio Armani deixa não apenas uma marca bilionária, mas um capítulo essencial da história da moda contemporânea.