O caso do assassinato do gari Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, ganhou mais um capítulo neste fim de semana. O acusado, que confessou o crime em depoimento recente, voltou a trocar de advogado. A decisão surpreendeu o defensor Dracon Luiz Cavalcante Lima, que havia sido habilitado no processo na sexta-feira (22/8), mas teve sua procuração revogada já no dia seguinte.
Segundo Cavalcante, ele só descobriu que não fazia mais parte da defesa ao acessar o sistema processual. “Fui pego de surpresa. Hoje fui consultar o computador para verificar o andamento e vi que minha procuração havia sido retirada. Vim ao presídio para falar com ele e entender os motivos”, afirmou.
Antes de escolher Cavalcante, o acusado já havia dispensado outros três advogados. Um deles chegou a atuar exclusivamente no depoimento em que houve a confissão formal do crime, sendo substituído logo depois.
Questionado sobre sua atuação, Dracon destacou que não faz promessas de absolvição a clientes. “Prometo apenas a lei. Se cometeu o crime, posso trabalhar para reduzir a pena, mas não ofereço garantias que estão fora do meu alcance”, disse.
O novo advogado, Bruno Silva Rodrigues, que atua no Rio de Janeiro, confirmou que foi procurado pelo acusado ainda na quinta-feira (21/8). Ele, no entanto, adiantou que não pretende conceder entrevistas ou comentar detalhes da estratégia de defesa.
Com mais uma mudança na equipe jurídica, o andamento do processo deve ganhar novos rumos, enquanto familiares da vítima aguardam pela responsabilização definitiva. O caso segue em tramitação e novas informações poderão ser divulgadas ao longo da semana.
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