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Supermercado de BH já restringe compra de arroz devido à tragédia no Sul

Nesta terça, Lula disse que Brasil pode ter que importar arroz e feijão devido às enchentes no Sul; rede da capital mineira limitou a compra do produto a cinco unidades por CPF

08/05/2024 às 08h54 Atualizada em 08/05/2024 às 10h06
Por: Redação
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 (Renato Fonseca)
(Renato Fonseca)

Os efeitos dos impactos das enchentes no Sul do país já começam a refletir em outras cidades como Belo Horizonte. Supermercados da capital mineira estão restringindo a compra de arroz, limitando a cinco unidades por pessoa, acreditando em um possível desabastecimento. 

O alerta foi mencionado nesta terça-feira, 7 de maio, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que o Brasil pode precisar importar arroz para conter o aumento dos preços.

Com diversas cidades e áreas rurais submersas, a produção agrícola e industrial está completamente parada. O aeroporto de Porto Alegre deve ficar fechado pelo menos até o fim do mês. Rodovias e estradas alternativas também estão embaixo d’água. Mais de 90 pessoas morreram.

De acordo com especialistas, ainda é cedo para analisar os possíveis impactos. Porém, o Rio Grande do Sul possui participação importante na produção industrial nacional em vários segmentos.

“Toda essa situação poderá sim trazer uma repercussão para Minas. Ainda não é possível analisar o tamanho, mas quanto mais tempo perdurar, maior pode ser”, explica o economista chefe da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), João Gabriel Pio.

Em 2022, as exportações de Minas para o Rio Grande do Sul totalizaram R$ 23 bilhões, enquanto as importações atingiram R$ 24 bilhões, mostrando a significativa parceria comercial entre os estados.

Apesar de a preocupação já existir, o Governo de Minas informou que no momento o foco é ajudar o Rio Grande do Sul, seja com estrutura ou material humano.

O secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, afirma que é cedo para criar uma expectativa negativa ou cogitar desabastecimento. Ele destaca que, embora haja riscos nos 20% restantes da produção no Sul e na logística de distribuição, ainda é prematuro prever falta de produtos nas prateleiras.

Entretanto, Albanez alerta que uma corrida para comprar arroz e estocar pode aumentar os preços e causar escassez nas gôndolas. "O momento é de tranquilidade. Com o desbloqueio das estradas, os produtos voltarão a ser escoados normalmente", ressalta.

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