Após a confirmação do governo norte-americano de que manterá a tarifa de 50% sobre importações — incluindo produtos brasileiros — a partir de 1º de agosto, o governo Lula reafirmou que a soberania nacional é “inegociável”, mas segue aberto ao diálogo comercial.
Em nota divulgada na noite deste domingo (27), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, declarou que a postura do Brasil é de abertura para tratativas “sem contaminação política ou ideológica”.
“O Brasil e os Estados Unidos mantêm uma relação econômica robusta há mais de 200 anos. O governo brasileiro espera preservar e fortalecer essa parceria histórica”, diz o comunicado.
A nota veio após o ex-presidente Donald Trump, favorito nas eleições americanas, reafirmar que a medida entrará em vigor na data prevista, sem exceções. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, também confirmou que não haverá adiamentos.
Em resposta, o governo brasileiro enviou representantes para os Estados Unidos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está no país e se dispôs a negociar diretamente, caso haja abertura. Uma comitiva de senadores também está em Washington para buscar diálogo com parlamentares e empresários americanos.
Apesar dos esforços, fontes diplomáticas indicam que os canais com o governo Trump seguem fechados e que há baixa probabilidade de reversão da decisão no curto prazo. O Planalto, no entanto, mantém a intenção de evitar uma escalada diplomática, reforçando sua disposição para encontrar caminhos comerciais equilibrados.
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