O general da reserva Mario Fernandes admitiu ser o autor do plano chamado Punhal Verde e Amarelo, que previa o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O material foi produzido em 2022, quando Fernandes ocupava o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, trabalhando no Palácio do Planalto, sede do governo federal.
A revelação ocorreu durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira (24), como parte da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo o general, o plano foi um "pensamento digitalizado" escrito e impresso por ele dentro do Planalto, mas descartado logo em seguida. "Não foi apresentado ou compartilhado com ninguém", declarou.
Apesar disso, o plano foi descoberto em investigações da Polícia Federal após dados apagados sobre o documento serem encontrados no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A PF afirma que a execução do plano estava prevista para dezembro de 2022.
O conteúdo do documento detalhava estratégias para matar Lula por meio de envenenamento, aproveitando fragilidades de saúde. Alckmin era citado como peça-chave para a extinção da chapa vencedora. Também havia o monitoramento de Alexandre de Moraes, com envolvimento de militares de elite.
A motivação, autoria intelectual e extensão do envolvimento de outras autoridades seguem sob apuração da Justiça.
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