A barragem B1-A da empresa Emicon Mineração e Terraplenagem, localizada no Vale do Ingá, em Brumadinho, entrou oficialmente em nível 2 de emergência após a ausência de documentos técnicos obrigatórios junto à Agência Nacional de Mineração (ANM). A medida obriga a evacuação imediata de moradores da comunidade Quéias, que têm até cinco dias para deixarem suas casas.
Ao todo, 44 pessoas de seis famílias serão removidas, com apoio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. A prefeitura informou que a estrutura da barragem está a cerca de dois quilômetros das residências e que a mudança de nível foi uma medida preventiva diante da falta de atestados de estabilidade por parte da empresa. “Sem o documento, não é possível garantir a segurança da barragem”, declarou o prefeito Gabriel Parreiras (PRD).
A Prefeitura de Brumadinho afirma que 29 imóveis foram listados para evacuação, incluindo casas e sítios. Alguns já estavam desocupados. A Justiça bloqueou R$ 17 milhões da Emicon para garantir medidas emergenciais. Apesar de não haver indícios de rompimento iminente, o temor entre os moradores é inevitável. “O maior dano agora é psicológico. Em Brumadinho, qualquer elevação de risco em barragens reabre feridas de 2019. É uma covardia com o nosso povo”, declarou o prefeito.
O Ministério Público Federal, o Ministério Público de Minas Gerais, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e a Defesa Civil participaram da decisão de elevar o nível de risco. Um sobrevoo foi realizado para monitoramento da área da barragem e da Zona de Autossalvamento (ZAS). O governo de Minas acompanha o caso.
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