O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta quinta-feira (24) à fase de interrogatórios dos réus dos núcleos 2 e 4 da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023. A etapa marca o começo da análise direta dos envolvidos após o encerramento dos depoimentos das testemunhas.
Os núcleos investigados envolvem grupos distintos. O núcleo 2 reúne militares e civis acusados de disseminar informações falsas e pressionar autoridades para deslegitimar o resultado eleitoral. Entre eles estão ex-dirigentes da Polícia Rodoviária Federal e assessores que teriam elaborado planos para minar a posse presidencial. Já o núcleo 4 é composto por operadores logísticos e militares, responsáveis por fornecer suporte e segurança às ações golpistas.
Os interrogatórios ocorrem simultaneamente, no mesmo formato adotado para o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados do núcleo 1, no início do processo. O STF buscará esclarecer o grau de participação e responsabilidade de cada acusado no esquema.
Na próxima segunda-feira (28), o tribunal deve ouvir os réus do núcleo 3, majoritariamente composto por militares, que segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), tentou articular apoio interno às Forças Armadas para viabilizar o golpe. Essa etapa é fundamental para a conclusão das investigações e para a eventual apresentação das alegações finais pela PGR.
O caso é acompanhado de perto por autoridades e pela sociedade, pois envolve denúncias graves de tentativa de ruptura democrática, com desdobramentos que ainda impactam a política nacional. O andamento dos interrogatórios será decisivo para o julgamento final dos envolvidos.
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