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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (18) a revogação dos vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de seus familiares e de ministros identificados como “aliados na Corte”. A decisão foi divulgada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, em declaração pública feita horas depois da deflagração de uma operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro, com a imposição de medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e a determinação de recolhimento domiciliar noturno.
Rubio alegou que Moraes promove uma política de perseguição contra Bolsonaro e classificou sua atuação como “censura”. Segundo ele, a decisão de revogar os vistos foi tomada “de forma imediata”, sob a justificativa de que as ações do ministro afetam também cidadãos americanos. A nota, no entanto, não especifica quais outros magistrados do STF seriam afetados pela medida. Até o momento, o Supremo não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
A operação da PF que antecedeu o anúncio norte-americano investiga a articulação de medidas no exterior, especialmente nos EUA, para pressionar e constranger ministros do STF e retardar o andamento da ação penal que apura uma suposta trama golpista. Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, é um dos alvos do inquérito. Ele está nos Estados Unidos desde março, após pedir licença do mandato alegando perseguição política. A licença parlamentar se encerra no domingo (20), e não há confirmação se ele retornará ao país.
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