O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se tornou alvo de um pedido de prisão apresentado por parlamentares do PT ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação, feita nesta quinta-feira (17) pelos líderes Lindbergh Farias (deputado federal pelo RJ) e Randolfe Rodrigues (senador pelo AP), foi protocolada no inquérito em curso que investiga a atuação de Eduardo nos Estados Unidos junto ao governo do ex-presidente Donald Trump. Segundo os parlamentares, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro estaria buscando pressionar autoridades americanas a tomar medidas de retaliação contra o Brasil e o STF.
No pedido, os congressistas argumentam que a prisão de Eduardo é necessária para garantir a ordem pública, diante do que classificam como condutas antidemocráticas e ofensivas à soberania nacional. O documento afirma que os autos já contêm provas robustas e que novas manifestações públicas do parlamentar reforçam os indícios de crime. Eduardo Bolsonaro está licenciado desde março de 2024 e passou a residir nos Estados Unidos, alegando perseguição política. Sua licença se encerra neste domingo (20), e ele deve, em tese, reassumir o cargo na Câmara dos Deputados.
Além de Eduardo, os parlamentares pediram a inclusão de Jair Bolsonaro e do influenciador Paulo Figueiredo nas investigações. Ambos são apontados como apoiadores das recentes sanções anunciadas por Trump, incluindo a imposição de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras. A petição reforça que os três atuam em conjunto numa estratégia de pressão internacional contra o Supremo.
A investigação contra Eduardo foi prorrogada por mais 60 dias na semana passada, a pedido da Polícia Federal. Moraes justificou a prorrogação ao afirmar que o deputado licenciado continua a interferir no andamento da ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. Até o momento, não houve manifestação do STF sobre o novo pedido dos parlamentares.
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