O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa neste domingo (29), em São Paulo, de mais uma manifestação em seu apoio. O ato, marcado para começar às 14h na Avenida Paulista, ocorre em um momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) se aproxima da conclusão do julgamento que investiga uma suposta tentativa de golpe para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022. A mobilização também tem como alvo críticas a decisões recentes da Corte, como a responsabilização das plataformas digitais por conteúdo ilegal publicado por usuários.
Com o slogan “Justiça Já”, a manifestação é a segunda realizada neste ano com a presença do ex-presidente na capital paulista. Em abril, o evento reuniu apoiadores em defesa da aprovação de um projeto de anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. À época, o projeto não foi levado à votação pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A organização do ato deste domingo novamente está a cargo do pastor Silas Malafaia, aliado próximo de Bolsonaro. Estão previstas as presenças de governadores alinhados ao ex-presidente. Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, é o único com discurso confirmado. Tido como possível nome de Bolsonaro para a sucessão presidencial em 2026, Tarcísio tem evitado declarar publicamente intenção de concorrer, mas vem ganhando projeção no grupo político do ex-presidente.
Também são esperados na manifestação os governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, ambos também apontados como potenciais pré-candidatos do campo bolsonarista. Enquanto isso, Jair Bolsonaro permanece inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o mandato.
O ato deste domingo é visto como mais um capítulo da mobilização do ex-presidente e seus aliados diante do avanço de investigações no Judiciário e da busca por manter influência sobre a base de eleitores da direita no país.
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