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Escolas de BH reabrirão para garantir alimentação de alunos durante greve dos professores

Prefeito Álvaro Damião afirma que crianças não podem ser prejudicadas; paralisação será levada à Justiça

28/06/2025 às 12h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), anunciou nesta sexta-feira (27) que as escolas da rede municipal voltarão a abrir parcialmente para oferecer alimentação aos alunos durante a greve dos professores, que completa 22 dias. A medida visa garantir o acesso à merenda escolar, especialmente a estudantes em situação de vulnerabilidade, e passa a valer já neste sábado (28), no turno da manhã. A partir de segunda-feira (30), será oferecido café da manhã e almoço nas instituições de ensino.

Ao comunicar a decisão, Damião destacou a preocupação com os impactos sociais da paralisação prolongada. “Nossas crianças não podem ser penalizadas. Sabemos que muitas delas dependem da merenda escolar”, afirmou. A reabertura das unidades acontecerá mesmo sem a retomada das aulas, que seguem suspensas devido ao impasse entre a Prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede BH).

Além da medida emergencial, o prefeito anunciou que a paralisação será judicializada. Segundo ele, a administração municipal esgotou as tentativas de negociação e agora busca respaldo jurídico para encerrar o movimento. Também foi determinado o corte de ponto dos profissionais que aderiram à greve. “A PBH sempre esteve presente em todas as reuniões para mostrar o seu lado, mas a greve chegou a esse ponto. Vamos judicializar a greve e que a Justiça entenda que o que fizemos para todas as outras categorias é o que queremos fazer para o sindicato dos professores”, disse.

O motivo central da greve é o reajuste salarial proposto pela prefeitura, de 2,49%, considerado insuficiente pelo sindicato diante do Piso Nacional do Magistério, que prevê um aumento de 6,27% para 2025. Enquanto outras categorias do funcionalismo municipal já aceitaram o índice, os profissionais da educação seguem mobilizados por um reajuste maior. Damião, por sua vez, argumenta que a proposta reflete os limites do orçamento municipal. “Temos que ter responsabilidade com o dinheiro que temos para administrar”, concluiu.

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