O ex-jogador de futebol Alexandre Pato ofereceu-se para custear o translado do corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair em uma cratera durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (26) pelo SBT, emissora onde Pato atua atualmente como comentarista esportivo. O ex-atleta já teria entrado em contato com a família da jovem, mas preferiu não comentar publicamente sobre a iniciativa, que considera pessoal.
O gesto ocorre em meio à repercussão sobre a ausência de apoio financeiro por parte do governo brasileiro para arcar com o transporte do corpo de Juliana de volta ao país. Segundo o Itamaraty, a legislação nacional, por meio do Decreto nº 9.199/2017, não permite que o Estado brasileiro cubra despesas com sepultamento ou translado de corpos de cidadãos falecidos no exterior, exceto em casos excepcionais de caráter humanitário.
Juliana Marins desapareceu no último sábado (21), enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok. Ela escorregou e caiu na cratera do vulcão, deslizando por uma encosta de difícil acesso. Equipes de resgate indonésias, com apoio de voluntários, trabalharam durante quatro dias na tentativa de localizá-la. O corpo da brasileira foi encontrado apenas na terça-feira (25), e resgatado no dia seguinte. De acordo com as autoridades locais, as operações foram prejudicadas pelas condições climáticas, pelo relevo acidentado da região e por dificuldades logísticas.
Em meio ao luto, familiares de Juliana criticaram a atuação das equipes de resgate, que, segundo eles, demoraram além do necessário para acessar o local onde a jovem havia caído. Nas redes sociais, o pai da vítima, Manoel Marins, publicou uma homenagem à filha e alegou que, se o socorro tivesse chegado ao local em até sete horas após a queda, ela poderia ter sido salva. Ele também declarou que a família buscará justiça pelo que consideram uma negligência no resgate.
Com o corpo resgatado, a etapa de repatriação depende agora da mobilização de recursos financeiros. A oferta de Alexandre Pato surge como uma alternativa solidária em meio à ausência de amparo estatal. Casado com a apresentadora Rebeca Abravanel, filha do empresário Silvio Santos, o ex-jogador mantém a decisão em sigilo, sem intenção de transformar o ato em ação pública.
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