Um balão com sete ocupantes, sendo seis passageiros e um piloto, realizou um pouso forçado em uma área de mata no município de Pancas, no Espírito Santo, neste domingo (22), sem registro de feridos. A ocorrência chamou a atenção por acontecer apenas um dia após o grave acidente em Praia Grande, Santa Catarina, que resultou na morte de oito pessoas e reacendeu o debate sobre a regulamentação do balonismo turístico no Brasil.
Imagens registradas por testemunhas mostram o momento da descida da aeronave em um local de difícil acesso. A empresa responsável pelo voo, Voe Pancas, afirmou por meio de nota que não se trata de um acidente e que a manobra foi realizada de forma segura. “A segurança dos passageiros é a nossa prioridade e tudo ocorreu dentro da normalidade. Nossos voos são todos segurados com seguro aventura e nossa equipe é capacitada para a atividade”, diz o comunicado.
A situação ocorre em meio à mobilização de autoridades federais para discutir normas específicas para o setor. Após a tragédia em Santa Catarina, o Ministério do Turismo informou que pretende realizar, nesta semana, uma reunião com representantes do setor, incluindo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Sebrae, para avançar na regulamentação do balonismo turístico no país. A proposta, segundo a pasta, é estabelecer regras claras para a operação segura dessa atividade.
A discussão sobre a necessidade de regulamentação ganhou força após o episódio em Santa Catarina, que expôs fragilidades no controle e fiscalização dos voos comerciais com balões. Apesar de o balonismo ser considerado uma atividade de aventura e, por isso, ter normas diferenciadas, autoridades avaliam que medidas adicionais podem ser necessárias para garantir a segurança dos praticantes e do público.
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