Quatro dias após uma pane elétrica comprometer o funcionamento dos elevadores do prédio Minas, na Cidade Administrativa, um novo incidente foi registrado nesta terça-feira (10), quando três pessoas ficaram presas em um dos elevadores do edifício. De acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), a ocorrência foi causada por uma “falha momentânea no sistema”, e os servidores afetados foram retirados com segurança. A empresa responsável pela manutenção dos equipamentos está apurando as causas da falha.
O episódio reacende preocupações sobre a segurança e confiabilidade dos elevadores da sede do governo de Minas Gerais, que já enfrentaram uma série de problemas desde o fim de 2023. Na última sexta-feira (6), uma intercorrência elétrica, causada pela atuação do disjuntor geral de proteção, interrompeu o funcionamento de diversos elevadores no mesmo prédio. Segundo o Governo, os sistemas foram reiniciados e voltaram a operar normalmente após avaliação técnica que atestou a segurança da retomada do uso.
Em nota, o Executivo estadual reforçou que os dois episódios recentes são pontuais e não têm relação com a obra de reforço estrutural realizada nos elevadores ao longo do último ano. A Codemge, responsável pela reforma, garantiu que todas as estruturas passaram por adequações nos pilares metálicos que sustentam os contrapesos, além de inspeções detalhadas nas partes elétrica, mecânica e de automação. Além disso, todos os equipamentos possuem Relatórios de Inspeção Anual, exigidos pela legislação municipal de Belo Horizonte, e são submetidos mensalmente a manutenções preventivas contratadas com as empresas Elevadores Otis Ltda. e Elevadores Atlas Schindler Ltda.
A manutenção dos elevadores da Cidade Administrativa tornou-se um tema sensível desde novembro de 2023, quando um servidor de 66 anos sofreu um mal súbito e morreu após subir vários lances de escada no prédio Minas, enquanto os elevadores estavam interditados por recomendação técnica após uma manutenção de rotina. Os equipamentos voltaram a funcionar apenas em outubro, após cerca de cinco meses parados, mas voltaram a apresentar falhas já em novembro, com novas denúncias de panes feitas por usuários.
Mesmo com o histórico recente, o Governo afirma que mantém uma equipe de quatro técnicos de plantão durante o horário comercial e que todos os laudos e livros de inspeção estão atualizados e disponíveis nos halls de entrada dos prédios, conforme exigência legal.
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