A conta de luz vai pesar mais no bolso dos brasileiros a partir deste sábado, 1º de junho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) a adoção da bandeira vermelha patamar 1, o que representa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida reflete o aumento nos custos de geração de energia provocado por um cenário de chuvas abaixo da média, especialmente na Região Sul, que tem impactado diretamente a produção das hidrelétricas.
Segundo a Aneel, o acionamento da bandeira vermelha foi necessário porque a baixa incidência de chuvas resultou em redução significativa do volume de água nos reservatórios, o que compromete a geração por fontes hidrelétricas — a principal matriz energética do país. Diante disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou a necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que possuem custos de operação mais elevados.
Este é o segundo mês consecutivo com aumento na tarifa de energia. Em maio, os consumidores já haviam sentido o impacto da bandeira amarela, que também representa acréscimo no valor da conta, embora menor do que a vermelha. O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, tem como objetivo alertar os consumidores sobre o custo real da produção de energia elétrica. Quando os recursos hídricos estão escassos, o sistema sinaliza a necessidade de utilizar fontes mais caras, incentivando a população a economizar energia.
Com a adoção da bandeira vermelha neste início de junho, a expectativa é de que os consumidores fiquem mais atentos ao uso de equipamentos elétricos, adotando medidas para evitar o desperdício e tentar reduzir o impacto financeiro da nova tarifa.
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