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Hackers invadem sites de 31 prefeituras em Minas Gerais em protesto pró-Palestina

Grupo exige postura mais firme do governo brasileiro contra o genocídio em Gaza e homenageia jovem morto em prisão de Israel

18/05/2025 às 16h30
Por: Redação
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Pelo menos 31 prefeituras de Minas Gerais tiveram seus sites invadidos na madrugada da última quinta-feira (16) por um grupo de hackers que se apresenta como Batalhão Cibernético do Mártir Walid Ahmed. A ação, de caráter político e simbólico, teve como objetivo protestar contra o que os ativistas chamam de genocídio do povo palestino pelo Estado de Israel e exigir uma postura mais firme do governo brasileiro frente à crise humanitária na Faixa de Gaza. O conteúdo das páginas foi substituído por um manifesto que relaciona a violência sofrida pelos palestinos a episódios de repressão da história brasileira, como a ditadura civil-militar instaurada em 1964.

A mensagem foi publicada em alusão à Nakba — termo que significa “catástrofe”, usado para se referir ao êxodo forçado de centenas de milhares de palestinos em 1948, durante a criação do Estado de Israel. No texto, os hackers mencionam a morte do adolescente brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, que morreu sob custódia do governo israelense na prisão de Megido, e comparam seu desaparecimento a casos de perseguição política no Brasil. “Walid Ahmed não foi o primeiro brasileiro a ser sequestrado no meio da noite por agentes não identificados. Não é o primeiro brasileiro a desaparecer nos porões dos militares e ser torturado a ponto de morrer de fome”, diz o comunicado, que afirma que mais de 250 menores palestinos seguem presos por Israel.

A publicação também afirma que, assim como o Brasil superou seus opressores há quatro décadas, a Palestina, que resiste há 77 anos, também vencerá. A frase final do manifesto ecoa um dos principais lemas do movimento pela libertação palestina: “Ela será livre de Rio a Mar”.

Durante a tarde de sábado (17), parte dos sites invadidos já havia sido restaurada, mas outras páginas ainda apresentavam instabilidade ou mantinham trechos da intervenção. A ação dos hacktivistas ocorreu em meio à lembrança da Nakba e em um momento de forte comoção internacional por conta da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que já causou dezenas de milhares de mortes, segundo organizações humanitárias.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro chefe de Estado a classificar oficialmente os ataques israelenses como genocídio, ainda em fevereiro deste ano, quando o número de civis mortos já ultrapassava os 30 mil, em sua maioria mulheres e crianças. Na ocasião, Lula também criticou o corte de recursos humanitários promovido por países como Suíça, Reino Unido e Itália e defendeu que os palestinos estejam à frente da reconstrução da região devastada.

Até o momento, a Polícia Civil de Minas Gerais não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A Agência Brasil tentou contato com a corporação, mas não obteve retorno. O grupo de hackers não reivindicou danos a sistemas internos das prefeituras, tampouco mencionou roubo de dados, caracterizando a ação como um protesto virtual de alcance simbólico.

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