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Ação da PM em evento clandestino com presença de deputado termina com crianças feridas em BH

A ação gerou revolta entre os presentes e repercussão nas redes sociais

07/04/2025 às 10h13
Por: Redação
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Ação da PM deixa crianças feridas após aglomeração em evento clandestino — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Ação da PM deixa crianças feridas após aglomeração em evento clandestino — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma intervenção da Polícia Militar em um evento considerado clandestino, na tarde deste domingo (6), no bairro São Geraldo, Região Leste de Belo Horizonte, resultou em duas crianças feridas por tiros de bala de borracha. A ação gerou revolta entre os presentes e repercussão nas redes sociais.

De acordo com a PM, a mobilização ocorreu após uma denúncia anônima sobre indivíduos armados reunidos em uma laje da comunidade. Ao chegarem ao local, os militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) se depararam com uma grande aglomeração de pessoas, incluindo crianças e adolescentes.

Segundo relatos do boletim de ocorrência, a presença dos policiais provocou tumulto. O público presente, acreditando que a operação visava encerrar o evento, teria cercado viaturas, arremessado objetos e hostilizado os militares, que então solicitaram reforços e usaram granadas de efeito moral e munições de impacto controlado (balas de borracha) para dispersar a multidão.

Duas crianças foram atingidas e encaminhadas para a UPA Leste, onde receberam atendimento e foram liberadas em seguida. Outras duas adolescentes também apresentaram escoriações leves.

O evento foi promovido nas redes sociais por um influenciador digital, com a presença do deputado estadual Bim da Ambulância (Avante). A Polícia Militar afirmou que ambos seriam os organizadores da ação, que não possuía autorização legal para uso do espaço público — o que caracteriza um evento clandestino, conforme a legislação municipal.

Por telefone, o deputado negou ter organizado a atividade e afirmou que sua presença no local se deu apenas para acompanhar o influenciador na entrega de prêmios, o que teria gerado a aglomeração espontânea. Segundo ele, a polícia teria sido chamada para uma ocorrência em uma residência próxima, e houve mal-entendido por parte do público, que associou a operação à tentativa de encerrar o evento.

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a Polícia Militar e o influenciador ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso até o fechamento desta edição.

De acordo com as normas vigentes, é obrigatório comunicar previamente às autoridades competentes sobre a realização de eventos públicos, especialmente quando há possibilidade de aglomeração ou impacto no trânsito e na segurança da comunidade.

A ocorrência segue em investigação.

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