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Bombeiros encontram possíveis restos mortais de desaparecidos na tragédia de Brumadinho

Material foi encaminhado à perícia para identificação; buscas continuam seis anos após o rompimento da barragem

06/02/2025 às 17h00
Por: Redação
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Seis anos após a tragédia causada pelo rompimento da barragem do Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Corpo de Bombeiros anunciou, nesta quinta-feira (6), a localização de segmentos que podem pertencer a uma das três vítimas que ainda seguem desaparecidas: Tiago Silva, Maria Bueno e Nathália Araújo. O material foi encaminhado à perícia da Polícia Civil para análise e identificação.

A descoberta aconteceu no local conhecido como Remanso 4, onde as equipes seguem na Operação Brumadinho. “Hoje, no dia 6 de fevereiro de 2025, por volta das 8h45min da manhã, no Remanso 4, da Operação Brumadinho, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais encontrou vários segmentos de interesse. São mais de 2.200 dias trabalhando na Operação Brumadinho, nas buscas pelas joias ainda não encontradas. Os segmentos foram  encaminhados à perícia da Polícia Civil para as devidas análises e procedimento de identificação”, declarou o major Ventura em um vídeo divulgado pela corporação.

Os bombeiros não detalharam quais partes do corpo foram encontradas, mas a descoberta renova a esperança das famílias das vítimas de finalmente conseguirem uma resposta definitiva sobre seus entes queridos. Atualmente, oito militares permaneceram nas buscas, que avançaram para a fase final. Segundo o novo comandante do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, coronel Jordana Filgueiras, cerca de 84% dos 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos já foram vasculhados desde o início da operação. Agora, a corporação executa a oitava e última estratégia de busca, na tentativa de localizar os últimos três desaparecidos.

Na última sexta-feira (31), Belo Horizonte inaugurou um memorial em homenagem às 272 vítimas da tragédia, um espaço dedicado à memória daqueles que perderam suas vidas no desastre. A solenidade contou com a presença de parentes das vítimas, que cobraram justiça e responsabilização pela tragédia. Mesmo depois de seis anos, a busca por respostas segue como uma ferida aberta para as famílias e para toda a sociedade mineira.

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